O Herdeiro Dragão

capítulo 5

   Estando amarrado, eu conseguia ouvir as vozes dos meus sequestradores enquanto conversavam sobre o quanto de ouro pediriam para os reis dos Sete Reinos terem o seu filho de volta, eles riam e comemoravam, como se Viserys fosse pagar alguém para me ter de volta. Então Aemond, deixando isso de lado, olhando ao seu redor procurando por uma rota de fuga enquanto procurava mexeu os seus dedos para ver se tinha algo de útil em suas costas se encontrando com a ponta de cima de um prego, então sabendo desse prego ele colocou sua corda para raspar no mesmo e assim tentar a cortar.

   Então ao fazer isso, Aemond sente que a caroça ou seja lá o que fosse aquilo que o carregava, parou de se mover, e então passos pesados foram ouvidos do lado de fora.

"Você, vá ver se fomos seguidos e aproveite para conseguir alimento para essa noite.", ordena uma voz grave.

"Sim.....", responde outra mais leve.

"E você, prepare o acampamento e a fogueira.", mais uma vez a voz grave.

"Tá bom.", responde uma áspera.

   Então passos estavam se aproximando pela direita e ele consegue ver, é a sombra de um homem alto, forte e robusto que chega atrás da caroça, logo abrindo o pano que fechava a parte de trás e se revelando um homem bronzeado, com olhos castanhos escuros, cabelos pretos e uma cicatriz no olho esquerdo e no canto da boca, ele olha Aemond de cima a baixo como para conferir que ele ainda estava amarrado e depois de ver que Aemond, ele não é nem uma ameaça, solta o pano o deixando cair e cobrir sua existência.

    Aliviado, Aemond volta a sua tarefa de tentar contar as cordas de sua mão, pensando no quão idiotas os seus sequestradores eram para o deixar jogado atrás de um prego, mas sem pensar muito nisso para se concentrar em conseguir sua liberdade mesmo que provisória.

   Ela acabava de ser informada de que seu filho havia desaparecido, enquanto o meistre que cuidava dele havia sido encontrado desmaiado em seus aposentos, então desacreditando, ela entrou no aposento desesperada procurando por seu filho e pensando que tudo não passava de uma piada, até só encontrar sua cama vazia com lençóis desarrumados.

   Então em desespero, Alicent se aproxima da única pessoa que pode confiar para o mandar em busca de seu filho.

"Sor Criston, eu estou lê confiando a vida e segurança de meu filho, junte todos os guardas de Dragonstone se for preciso, mas por favor, traga o meu filho, o meu bebê de volt......", antes que pudesse terminar, a rainha desabou ajoelhada no chão sem força para segurar as lágrimas, logo sendo acolhida.

   Seu pai, a Mão do Rei, não era um homem de carinho e gentilezas, mas ao entrar no aposento e ver sua filha implorando para seu escudo juramentado encontrar e trazer seu filho de volta, são e salvo, ele se entristeceu e foi dar apoio a sua filha, que não conseguiu se sustentar de pé, ele se aproximou e abraçou seu ombro em conforto.

"Pai......", chamou a rainha em sua voz quebrada.

"Não se preocupe minha filha, Aemond é forte, sabe se defender, ele está bem e será encontrado.", afirma Otto confortando a filha.

  Vendo que a rainha estará em boa mãos, Sor Criston se retira junto de Sor Arrik para logo juntar todos os melhores guardas da ilha, com intenção de formar grupos de busca pelo príncipe Aemond, então com esse tumulto os boatos do desaparecimento do príncipe começou a se espalhar, que até o rei fora informado de tal ocorrido então deixando seus afazeres se dirigiu junto da família real, para os aposentos do príncipe conferir se os rumores e boatos circulando eram verdadeiros.

    Chegando tomate os mesmos, as portas estão escancaradas enquanto a rainha se encontra sentada ao lado da lareira com os olhos brilhantes de lágrimas não derramadas, Otto estando ao seu lado.

"Ouvi rumores sobre Aemond ter desaparecido.", informa o rei, esperando por uma resposta da rainha.

"Infelizmente não são só rumores, Vossa Graça.", recebendo uma resposta de Otto, o rei se foca em seu lorde Mão, "quando chegamos aos aposentos, o Meistre Hermam estava sendo atendido por haver recebido um golpe na cabeça e haver desmaiado, então Sor Criston procurou por todo o aposento......", Otto pausa para soltar o ar que nem sabia que segurava, "e não encontrou nem um sinal de Aemond.", termina logo desviando o olhar do rosto surpreso e triste do rei.

   O rei se vira para sua esposa, que estava encolhida ao lado da lareira olhando atentamente as chamas, enquanto não tentava pensar em seu filho sofrendo ou pior...... Morte, ela se concentrava nas chamas ignorando aqueles nos aposentos que fingiam se importar com seu doce menino.

"Devemos ampliar as buscas Deamon, Rhaenyra e Rhaenys.......", chama o rei se virando para os três, "espero contar com vocês nos céus, lorde Corlys, peço que não deixe um barco sequer sair de Dragonstone...... Lorde Lyonel, conto com que o senhor junte seus homens para buscar por terra, não vamos descansar até encontrar meu filho.", ordena o rei, enquanto observa a surpresa nos olhos de sua família.

"Não é necessário......", fala uma voz, agora as costas do rei.

   Ao ouvir essas palavras, o rei se vira para a lareira mais uma vez, agora vendo sua esposa de pé a frente da poltrona.

"Sor Criston já reuniu seus homens, eles devem estar vasculhando toda a ilha enquanto falamos.", afirma a rainha.

"Mas Alicent.......", tenta Viserys.

"Não vejo necessário incomodar nossos convidados com algo que está sendo resolvido enquanto falamos, Vossa Graça.", encerra a rainha, não deixando lugar para discussão e logo, andando para o lado de seu marido.

"Mas Vossa Graça, não seria nenhum incomodo para mim, ajudar nas buscas.", assegura Lyonel.

"Tenho certeza que sim, meu lorde, mas Sor Arrik é o escudo juramentado de meu filho enquanto Sor Criston o considera muito, então tenho a certeza de que eles encontraram e tratam meu filho de volta a mim, são e salvo..... Agora, os senhores e as senhoras deveriam descansar comodamente em sua estadia a Dragonstone.", fala a rainha mudando de tópico.

   Então todos partem desejando o melhor para o príncipe como força para a rainha, enquanto o rei sem saber o que fazer ou dizer vê sua esposa voltar para frente da lareira, para mais uma vez observar as chamas dançantes do fogo.

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