Tequila.

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[🖇️]

20:30 PM

Fechando o escritório, tive a grande honra de ser presenteada pelo destino...

— Jimin?

Ao retirar a chave da fechadura, olhei sobre meus ombros, tendo a visão de um homem alto, e claramente, atraente. Ele usava terno, seu cheiro de perfume importado podia ser sentido de longe. Seu sorriso era charmoso. Sua postura confiante, aquele homem era tudo de bom.

— Hã?... — Me virei para olha-lo com cautela. Mas, não obtive sucesso ao tentar reconhecê-lo.

— Já esqueceu de mim? — Brincou. — Sou o Kevin.

— Pera aí, Kevin? O Kevin que...

— É. — Sorriu. — Aquele Kevin.

— Nossa. Quanto tempo! — Jurava que podia sentir uma babinha escorrendo. Quando foi que ele mudou tanto?

Com certeza ele mudou para melhor.

— Como sabia que era eu? — Não fazia sentido ele me reconhecer de longe. Afinal, eu estava de costas, e era impossível ver meu rosto do ângulo que ele estava.

— Eu reconheceria você em qualquer lugar. — Oh, como imaginei. Ele era um gostosão cafajeste. — Mas, na real, eu estava de olho fazia um tempo.

— Como é? De olho?

— Hã, sim. Trabalho na agência vizinha. Observava você todos os dias. — Isso soou um tanto estranho, mas eu sorri para aliviar a tensão.

— Quem diria. A gente se reencontrando...

— O que acha de bebermos algo? — Não era comum achar homens rápidos na Coréia. Geralmente eram sem atitudes, ou tímidos de mais. Mas, já que Kevin era britânico, não posso compará-lo com um coreano.

— Vamos marcar para outro dia. Hoje foi uma loucura e eu só quero descansar.

— Como quiser. — Sorriu de forma tranquila, sem expressar decepção. — me prometa que irá aceitar da próxima vez que eu abordar você?

— Ah. — Soltei uma gargalhada fraca, vendo como, apesar de todas suas mudanças físicas, Kevin continuava brincalhão. — Eu prometo.

Nos despedimos, e em fim pedi um táxi. Claramente eu não iria para casa. Precisava encher a cara. Mas, sozinha.

O bar em que costumava beber, era calmo quando não havia shows. Até então, não havia muito movimento. Tinha alguns casais, espalhados pelos quatro cantos do bar. Alguns grupos de amigos em torno da mesa de sinuca. E eu, sentada frente ao balcão de madeira, virando minha terceira dose de tequila

— Dia difícil? — A, aquele voz. Eu a conhecia de algum lugar.

Olhei para o lado, e tentei esconder minha alegria ao encontrar meu cliente. Cujo aquele que o nomeei como "o meu cliente favorito".

— Olha, vamos ser sinceros, lidar com sua mulher não é nem um pouco agradável.

— Ex mulher.

— Oi? — Talvez fosse a tequila, mas eu estava prestes a alucinar. — A, é. Ex esposa.

O bonitão fez um gesto com sua mão direita, chamando o garçom. Pediu uma garrafa da água, e um copo de uísque, que logo foram entregues.

— Aqui. — Abriu a garrafa de água, com aquelas mãos fodidamente atraentes e tatuadas, e a colocou em minha frente. — Bebe.

— Eu não preciso de uma babá. — Naquele momento, é, eu precisava.

— Apenas beba. Tá legal?

— Eu me pergunto...o que levou a Bina a querer se divorciar com você?...logo você.

Jeon estava com o copo encostado em seus lábios finos, antes de tudo, ele soltou um sorrisinho presunçoso, e bebeu um pouco de sua bebida, mantendo seu olhar em mim.

— O que quis dizer com "logo você?"

—...Hum. — Bebi um pouco da água, o olhando. — Você é um gostosão, e ela? Ele é só uma garota...

Talvez eu tenha falado de mais.

— Gostosão é? — Inclinou seu tronco em minha direção, estando cada vez mais próximo. — Então me acha gostoso, senhorita Park?

Porra. Você falando assim...

— Algum problema com minha forma de falar?

—.... — Pisquei algumas vezes, percebendo a situação. — Meu Deus. O que tô pensando? Você é meu cliente...

— Hum. — Ele se afastou.

— Mas é sério. O que levou o relacionamento de vocês até o divórcio?

— Está curiosa de mais, não acha advogada?

— Hã, desculpe. Eu não devia ser tão-...

— Relaxa. — Me cortou. — Eu e Bina tínhamos um casamento de negócios. Nada sentimental. Os negócios acabaram. O casamento também.

— Ela parece gostar de você.

— É. Mas eu não gosto dela. Apesar de achar casamento de negócio uma idiotice, fui obrigado. Em fim, creio que um casamento deve haver sentimento.

— Entendi. — Sorri fraco.

— E você, senhorita Park? Namora?

— Acha que seu eu tivesse um namorado estaria aqui sozinha?

—...Sendo assim, um brinde a nós.

𝒱ℴ𝓁𝓉𝒶𝒿ℯ. - PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora