–Amor?...Amor!– sai do meu transe ao ouvir a voz de Bia me chamando.– Perguntei se você quer ajuda pra fazer o café.– ela falou com sua voz meiga sorrindo gentil."O que que eu tô fazendo?"
É só isso que passa na minha cabeça agora. Como que eu posso ser tão escroto ao ponto de usar uma garota maravilhosa dessa como tapa buraco?
–N-não, eu faço e te chamo quando estiver pronto.– disse dando um pequeno sorriso e depositando um beijo em sua testa.
Assim que fechei a porta do quarto atrás de mim, soltei um suspiro. Precisava resolver essa situação o mais rápido possível, antes que eu acabe magoando ainda mais ela e a mim mesmo.
Vocês não devem estar entendendo caralho nenhum, então em vou explicar do começo.
Namorava Sandro a um ano e meio, nosso relacionamento sempre foi lindo e cheio de amor de ambas as partes, independente das brigas e das provocações, sempre fomos muito unidos.
Eu amava aquele homem com todo o meu corpo, com toda a minha alma e com todo o meu coração. Sempre que o via meu coração batia loucamente, ele parecia um anjo, um anjo que me abraçou calorosamente com suas asas, após tanto tempo me afastando com elas.
Disse tudo isso no passado, mas a verdade é que o sentimento continua, ainda fresco em meu peito, eu ainda o amo.
Não importa o quanto eu negue, o quanto eu tente superar, São Paulo foi o meu primeiro e único amor, o único pelo qual eu daria minha vida, o único pra quem eu me abri, o único que eu sei que não importa o quanto eu tente... Eu nunca vou deixar de amá-lo.
Porém nem sempre só o amor basta.
Nosso relacionamento entrou em crise, ele era muito ciumento, muito por conta das suas inseguranças, e eu sabia disso, mas no momento da raiva eu simplesmente não conseguia entender por que do meu namorado não confiar em mim, ele falava merda, eu falava merda, e a gente brigava, de novo, de novo e de novo.
Isso se tornou um ciclo vicioso, até que em uma noite, enquanto eu ia embora após mais uma briga, deixando ele gritando sozinho em nosso apartamento, ouvi ele dizer que se eu fosse embora estaria lhe dizendo que tínhamos terminado, e foi exatamente isso que eu fiz.
Foi uma escolha minha.
Uma escolha que eu me arrependo amargamente até hoje, mesmo depois de seis meses do término.
Um tempo depois, em uma das minhas idas ao bar para encher a cara até esquecer da dor que a falta do meu branquelo me causava, conheci Bianca, ela foi a primeira a me tirar boas risadas depois do que aconteceu, foi doce e gentil mesmo sem me conhecer, isso me encantou.
Começamos a ficar e com o passar do tempo eu a pedi em namoro. Gosto muito dela, de verdade, ela me acolheu quando em mais precisava de uma amiga, mas é só assim que eu vejo ela. Uma amiga.
Eu tenho consciência de que não posso continuar fazendo isso com ela, mas ao mesmo tempo não consigo terminar. Não consigo aceitar a ideia de que vou ficar sozinho de novo, de que não vou ter minha melhor amiga ao meu lado, de que mesmo namorando de novo o sentimento não passou, de que nunca mais vou sentir o cheiro do perfume amadeirado misturado com nicotina entrar nas minhas narinas quando beijar aquele pescoço alvo que tanto amo.
Fui em direção a cozinha com a cabeça a mil, indo em direção a despensa buscar o pão para fazer um sanduíche na esperança de que comer fizesse todos esses pensamentos irem embora junto da fome, porém percebi que o mesmo tinha acabado. Bufei cansado enquanto pegava um moletom azul e um boné para ir na padaria comprar o que precisaria para fazer o café da manhã.
– Bia, vou na padaria comprar umas coisas pro café, já volto!– gritei já na porta em direção aos quartos recebendo uma confirmação logo em seguida.
Fui todo o caminho até a padaria pensando no que eu deveria fazer. Será que é melhor conversar com ela e explicar a situação? Não né seu idiota, eu vou muito chegar na minha namorada e meter um "que saudade do meu ex", isso é loucura! Né..?
Quando entrei na padaria fui direto para o caixa para fazer meu pedido. Lembrei de quando trazia o Sampa aqui, ele sempre pedia a mesma coisa...
– Um café preto sem açúcar e um muffin de amora, por favor.
Meu sangue gelou.
Não é possível, só pode ser um pesadelo, não é real! (É real sim)
Quando virei meu rosto em direção a pessoa do caixa ao lado, vi uma figura branca, um pouco mais baixa que eu, cabelos um pouco mais longos do que da última vez que eu os vi, mas com certeza não menos escuros quanto, o costumeiro moletom vermelho e calça preta que quando não estavam em seu corpo, estavam na máquina de lavar e para completar o clássico cigarro sendo segurado pelos dedos cheios de anéis prateados.
Uma corrente elétrica percorreu o meu corpo quando me dei conta quem estava ao meu lado.
Já tinha visto São Paulo em outras ocasiões após o término, como em algumas festas, em que o mesmo fazia questão de pegar algum babaca aleatório bem na minha frente, sem contar em publicações nas redes sociais.
Cada foto que eu vi durante esses seis meses me causava uma emoção diferente, as vezes ciúmes, as vezes tristeza, quase todas as vezes tesão...
Mas isso não importa agora, até por que no momento eu só consigo pensar em uma coisa, ou melhor, em alguém...
– Sampa...
|Capítulo dois finalizadooooo!
Essa é a primeira história que eu estou usar um narrador personagem, então se tiver uma merda podem me falar que eu mudo ok? Peço que votem, comentem muito, vão no meu tik tok se puderem (@euluixxx_) também acompanhem os próximos capítulos dessa fanfic que surgiu de um pique de criatividade que eu tive do nada! KKKKKKKKKKKKKKK Bom, é isso meus amores, até o próximo capítulo, beijooooos!❤️|
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O Único Problema (Pauneiro)
FanfictionRio de Janeiro namora a mulher perfeita. Linda, engraçada, gentil, carinhosa, gostosa... O único problema é que ele não tira um certo paulista branquelo da cabeça desde o dia do término deles. Créditos (Twitter): Personagens: @Nikkiyan_ Arte da cap...