Era só o que me faltava.
Meu ex namorado bêbado estar na porta do meu apartamento me passando cantada.
–Que porra é essa Ricardo? Por quê veio pra cá?
–Eu que devia perguntar por que VOCÊ tá na minha casa! Você invadiu e trocou a fechadura, a cor da porta e o número quando eu sai não foi?!– Ele disse com a voz completamente embolada, ainda no chão.
O que eu fiz pra merecer isso meu Deus..?
Eu até poderia dar um pé na bunda dele para não ter que lidar com isso, mas já é de madrugada, e um bêbado voltando pra casa sem ninguém é bem perigoso.
–Bora idiota, para de falar merda e levanta daí!– Ofereci minha mão pra ele, que logo aceitou e levantou todo torto.– Acho que ainda tem umas roupas suas aqui, vai tomar um banho gelado enquanto eu pego.
Puxei ele pra dentro, trancando novamente a porta atrás do mesmo. Quando ia em direção ao meu armário pegar as malditas roupas, Rio segurou meu pulso, me puxando contra seu corpo forte, fazendo nossas respirações se misturarem.
–O-o que você tá-
–Ainda guarda minhas roupas?– perguntou desviando o olhar dos meus olhos para a minha boca.
–Não tive tempo de tacar fogo ainda.– rebati, devolvendo o olhar para os lábios do mesmo, que a tempos não estavam tão perto dos meus.
A verdade era que eu não consegui me livrar daquelas roupas, era a única coisa na casa que ainda tinha o cheiro dele.
–Não teve tempo em 6 meses?– questionou novamente em tom de deboche, arquiando a sobrancelha.
–Qual foi? Virou interrogatório caralho? Vai querer as roupas ou não?!
–Vou querer, boneca... Se bem que ficar sem roupa seria bem mais vantajoso... AÍ!– Pisei no pé de Rio, fazendo ele me soltar soltando um resmungo de dor, me dando a oportunidade de correr para o quarto.
Eu tenho que lembrar que ele só está fazendo essas coisas por que tá bêbado, ele namora! Não posso deixar nada acontecer.
Do meu quarto consegui escutar o barulho do chuveiro enquanto separava uma cueca e uma calça de moletom dele que ainda estavam aqui. Eu até que pegaria a camisa do Flamengo que ficou, mas eu usei essa semana para dormir, então está lavando.
Fui em direção do banheiro e bati na porta, escutando apenas o som do chuveiro sendo desligado, o que só me causou mais ansiedade.
Logo a porta do banheiro foi aberta por aquele carioca gostoso do caralho, e puta merda... Que vista.
Rio estava com a toalha branca enrolada em sua cintura, enquanto gotículas de água escorriam pelo seu corpo, contornado seus músculos. Como se não bastasse essa tentação, esse porra tá me olhando como se fosse me devorar aqui mesmo. Bateu até um calor aqui...
Entreguei as roupas e saí, indo separar alguns remédios para dor de cabeça e muita água para esse bêbado sem noção ficar um pouco mais sóbrio.
Estava na sala quando o mesmo chegou com a parte de cima do seu corpo nú. Rio sentou ao meu lado no sofá, logo se virando para mim.
–O que a gente tá fazendo?– Ele questionou olhando para frente, não tão bêbado quanto antes, mas o suficiente para estar mais sem filtros que o normal.
–Como assim?–Perguntei confuso.
–Por que a gente terminou?– disse virando a cabeça em minha direção, encarando profundamente meus olhos com um pesar que vi pouquíssimas vezes em todo o tempo que conheço Rio.
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O Único Problema (Pauneiro)
FanfictionRio de Janeiro namora a mulher perfeita. Linda, engraçada, gentil, carinhosa, gostosa... O único problema é que ele não tira um certo paulista branquelo da cabeça desde o dia do término deles. Créditos (Twitter): Personagens: @Nikkiyan_ Arte da cap...