02

81 4 7
                                    

Elizabeth González

São paulo
2018

Após a longa conversa com minha mãe, ela disse que eu não podia fica brigando de novo com a Fátima, que acontece quase sempre, a garota vem me provocar e depois não aguenta, a boa parte que ela não vem mais para loja, ninguém suporta aquela menina, não sei como o Jorge conseguiu namorar ela.


Volto para o caixa esperando as pessoas terminarem de escolherem as roupas e virem pagar.

Olho para esquerda e consigo ver uma menina linda escolhendo as roupas com seu pai, eles parecem felizes. Isso me faz me lembrar do meu pai.

- O que sua mãe falou para você Liz? - Pergunta.

- O mesmo de sempre, pra eu não ficar brigando com as pessoas de novo.- Respondo, olhando para a menina com seu pai.

Ela percebeu que estou olhando para eles.

- Você sente falta dele?
- Sim.

- Eu sei como é quer, eu sinto também saudades da minha mãe - Lana diz.

- Nós perdemos pessoas maravilhosas.

A Lana perdeu a sua mãe quando tinha doze anos, o pai da Lana cuidou dela sozinho. Ensinou como a ser uma pessoa caridosa, amigável, gentil, e agora ela é uma pessoa maravilhosa.

A vida pode ser muito injusta com pessoas boas, mas apesar de tudo temos que enfrentar isso, e seguir em frente, mesmo que a dor esteja na sua frente.

Minha mãe sempre esta comigo, eu agradeço muito a ela. As vezes eu acho que ela sempre esconde coisas sobre seu passado.

O tempo passa como uma tartaruga, eu atendo muitos clientes, alguns são muito ignorantes para atender, mas com calma, eu consigo passar desse dia lento.

Fecho o caixa e, vou entregar o dinheiro para minha mãe, e quando estou preste a sair do escritório. Minha Mãe me chama.

- O que você conversou com aquelas meninas? - Me viro .

- Nada demais, elas se apresentaram e fiz o mesmo - A respondo. -Por que a pergunta?

- Eu não posso saber da vida da minha própria filha. Você não é muito de conversar com as outras meninas da sua idade, eu achei estranho.
Eu sorri para ela.

Sinto um arrepio na minha costela. Essas sensação esta cada vez mais estranha.

Olho para minha mãe.

- Mãe, você vai chegar tarde hoje? - Pergunto, eu não quero ficar sozinha hoje. ela demora a sair da loja as vezes.

-Sim, eu tenho que fazer mais encomendas de roupas, conferir se está faltando alguma coisa - Exclama.
Eu assinto. Sai do escritório indo na direção da Lana, ela esboça um sorriso no rosto.

- Parece que alguém vai ter uma noite ótima! - Digo.

- Vai ter uma festa na casa do Jorge, e então você vai comigo, quero que eu e você fiquemos mais lindas - Seus lábios se a lagão.

Blood BathOnde histórias criam vida. Descubra agora