"Sera Que 'E' Era Eu?"

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No dia seguinte Bianca despertou com uma sensação de antecipação, como se a eletricidade do mistério do dia anterior ainda pulsasse em suas veias. O relicário, um objeto que sempre estivera com ela, agora parecia um enigma em si mesmo, ela lembrara na noite anterior sobre o proprio relicario que usava e sobre a ordem de sua familia que recebeu de nunca abrir aquele objeto.
"Por que nunca abrir?"
ela se perguntou, contemplando o pequeno objeto que carregava o peso de gerações.

Ela nunca questionara a proibição, aceitando-a como uma verdade imutável. Mas agora, diante dos segredos do casarão e da história entrelaçada de "E" e "J", o relicário parecia ser mais do que uma herança; parecia  fazer parte de um pedaço do quebra-cabeça que ela estava destinada a resolver.

Com velas e lanternas em mãos, Bianca retornou ao casarão, determinada a não ser vencida pela escuridão novamente.
"Será que 'E' era eu?" ela se perguntava, a ideia de uma conexão transgeracional mexendo com sua mente.
"Não, não pode ser. Mas então, será que era 'E' naquela foto com o nobre?"

As semelhanças físicas podem não estar lá, mas Bianca sentia uma afinidade com "E" que ia além da aparência. Talvez fosse o amor por "J", talvez fosse a paixão pela história, ou talvez fosse algo mais profundo, algo que ela ainda tinha que descobrir.

Hoje, ela sabia, era o dia em que ela enfrentaria o passado do casarão e talvez o de sua própria família. Ela estava decidida a descobrir e sentia que estava se aproximando da verdade, e o relicário em seu pescoço parecia bater no mesmo ritmo de seu coração.

Sussurros do Tempo: Saudade e SegredosOnde histórias criam vida. Descubra agora