Sem você

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"Você realmente precisa ir?" eu murmurei para a ruiva que estava sentada ao meu lado na cama "Você sabe a resposta meu amor, quando você menos esperar já estarei em casa com vocês" ela se levantou da cama e deixou um beijo em meus lábios e depois na minha barriga. Estávamos casadas a dois anos e depois de inúmeras tentativas de engravidar eu consegui um positivo no palito, eu já estava perdendo as esperanças porém a cada incriminação realizada Natasha nunca deixava eu perder as esperanças.
Mais um dia se passou e minha esposa teve que ir para o complexo porém com a minha gravidez ela ia somente quando realmente era necessário, ela fazia de tudo para me agradar e me deixar perfeitamente bem e eu sabia que tinha ganhado na loteria, como eu posso merecer uma pessoa assim?

Eu me levantei da cama e fui para o banheiro realizar minha higiene pessoal, quando terminei me vesti e desci as escadas para tomar café da manhã, eu estava um pouco enjoada mas eu acreditava que logo após de comer eu iria melhorar. Depois de quinze minutos na cozinha eu ouvi um barulho de carro e imaginei que Natasha havia esquecido algo e voltado para pegar mas eu ouvi uma batida na porta, respirei fundo e caminhei até a porta, quando eu abri a porta meus olhos rapidamente se arregalaram e eu comecei a correr atrás do meu celular, para a minha surpresa ao abrir a porta eu encontrei quatro homens armados apontando em minha direção suas pistolas. Eu subi as escadas em uma velocidade que nunca pensei que conseguisse atingir porém foi em vão pois quando encontrei meu celular e iria ligar para pedir ajuda uma mão com um pano que continha alguma substância atingiu minha boca e meu nariz, assim minha visão vibrou escuta e eu fui perdendo minhas forças.

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Natasha pov:

Cheguei no complexo e participei da reunião de "emergência" que Stark propôs para no final ser só algumas informações da semana, revirei meus olhos e quando a reunião acabou me levantei e fui até a cozinha para comer algo. Depois de algumas conversas com Clint e Steve eu decido mandar uma mensagem para a minha esposa, mas percebo que a mensagem nem chega a ser enviada o que é estranho pois ela sempre está com o celular na mão desde que escolheu tirar uma licença do trabalho para focar na gravidez. Decidi ignorar esse fato pois já estava indo para casa, todos meus compromissos estavam concluídos. Quando cheguei em casa chamei por ela mas não obtive nenhuma resposta, caminhei pela sala e vi um de nossos abajus no chão e um vaso quebrado com as flores espalhadas pelo caminho. Meu coração acelera e eu começo a gritar pelo seu nome, quando chego no nosso quarto encontro seu telefone jogado no chão, meus olhos rapidamente se encheram de lágrimas e só conseguia pensar no pior. Peguei meu celular e liguei para Tony, nervosa expliquei tudo e em menos de dez minutos ele estava com o traje de homem de ferro na sala. Tony e a minha esposa eram melhores amigos, ele faria tudo para ajudar a descobrir o que aconteceu. Pelas câmeras eu vi tudo o que aconteceu e no final vi ela sendo carregada desacordada. Eu me sentia tão culpada pois eu poderia ter protegido minha esposa, poderia ter colocado mais segurança em nossa casa.

Semanas se passaram e não havia nenhuma notícia dela, todos estávamos procurando por ela mas não achamos nenhuma informação sobre seu paradeiro.

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S/n pov:

Desde que eu cheguei lá as semanas foram se passando relativamente, eu já tinha perdido a noção do tempo e a única coisa que me mantinha viva era meu bebê que estava no meu ventre. Logo quando acordei e estava algemada em uma sala escura e logo recebi uma proposta de ajudar em um experimento da Hydra o que eu neguei mas como esperado uma ameaça chegou. Assim que o meu bebê nascesse eles iriam tirar ele de mim e apagar minhas memórias, eu faria o que eles estavam querendo de qualquer maneira e isso doeu em mim. Eu não via a hora de Natasha aparecer e me tirar daqui, eu era uma pessoa fraca quando o assunto era luta, eu era mais eficaz em um laboratório.
Eu estava com medo, muito medo e isso era notável e eles se aproveitavam de cada pedacinho dele como se fosse uma sobremesa que estava prestes a acabar. Acho que tive um pouco de sorte por não ter ficado trancada em uma cela mas nem tanta pois fiquei em um quarto escuro que ficava o tempo todo trancado. Eu não estava tendo uma gravidez saudável e passava a maior parte do tempo chorando pensando na vida que eu tinha. No meu oitavo mês de gravidez, depois de três meses presa, eu comecei a sentir fortes dores na minha barriga mas tentei suportar, depois de alguns minutos sem aguentar a dor eu permitir sair de minha boca um grito de dor que chamou a atenção de um dos guardas no corredor, minha visão aos poucos foi se escurecendo e meu corpo se chocou com a cama. Acordei em uma cama com vários gritos ao redor "Rápido, eles estão aqui é questão de tempo acharem essa sala" uma voz masculina familiar dizia rapidamente, olhei ao redor e vi uma mulher carregando uma criança recém nascida e quando meus olhos atingiram a parte interior do meu corpo eu só via sangue. Meu coração começou a acelerar "Meu bebê, eu quero meu bebê" eu choramingava mas notei que foi só nesse momento que eles viram que eu tinha acordado, comecei a chorar imediatamente "Temos que tirar ela daqui agora, ela precisa está no projeto" eu olhei para a mulher segurando meu pequeno bebê, ela lançou um olhar de pena em minha direção e mais lágrimas escorriam pelo meu rosto "É uma menina" foi tudo que saiu pela sua boca após ela sair da sala e uma mão pousou em meu ombro e sussurrou em meu ouvido "Você não vai se lembrar que tem uma filha, mas sua filha será uma das maiores aliadas da Hydra e você vai ajudar no projeto" foi a última coisa que eu escutei antes de apagar novamente.

Natasha Romanoff One-Shots. Onde histórias criam vida. Descubra agora