Dia ruim

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Acordo com a sensação de sua respiração acariciando minha pele, abrindo meus olhos para encontrá-la. Ela se afasta sutilmente ao perceber meu despertar. Observo-a: seus olhos cor de esmeralda hipnotizantes, seu cabelo rosa inconfundível e sua pele nua radiante sob a luz tenue da manhã que invade pelas frestas da cortina.

 Observo-a: seus olhos cor de esmeralda hipnotizantes, seu cabelo rosa inconfundível e sua pele nua radiante sob a luz tenue da manhã que invade pelas frestas da cortina

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"Nosso café já está pronto", ela anuncia ao se levantar da cama e selar um beijo em minha testa. Observando-a partir enquanto se afasta, questiono-me como pude adormecer tão profundamente. Percebo que essa sensação se torna cada vez mais frequente.

Sim, eu me casei, um pacto entre mim, general dos Demônios Carmesim, e a herdeira de um clã rival. Essa união selou a paz entre nossos povos, embora para conquistá-la, tive que invadir seu vilarejo e tirá-la à força, demonstrando minha força ao seu pai, vilarejo esse em que moramos atualmente, tanto eu e minha família, como meu clã.

"Papai!" A porta do quarto se escancara e minha pequena irrompe em um abraço caloroso. Seguro-a em meus braços, sentindo sua alegria contagiante.

"Quatro aninhos hoje, minha baixinha! Como você cresceu! Vai ser forte como o papai, pode apostar", digo, lançando-a para o alto e sendo recompensado com suas gargalhadas radiantes

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"Quatro aninhos hoje, minha baixinha! Como você cresceu! Vai ser forte como o papai, pode apostar", digo, lançando-a para o alto e sendo recompensado com suas gargalhadas radiantes.

Descendo as escadas com minha pequena Calliope nos braços, encontro Maru, minha esposa radiante, preparando o café da manhã. Sentamo-nos à mesa, envoltos pelo aroma reconfortante do café e pela alegria contagiante da nossa filha. Há anos, nutria sentimentos por Maru, desde as batalhas árduas que travamos um contra o outro. Hoje, a vejo não como inimiga de armas, mas como a mulher que me deu a maior dádiva: a nossa família. Pela primeira vez em muito tempo, adormeci ao lado de alguém sem a sombra da preocupação pairando sobre mim.

Por muitas noites, meus olhos de sangue ativos aterrorizaram-na durante o sono. Mas agora, finalmente, sinto uma felicidade que nunca experimentei antes. Felicidade, palavra fraca para um Demônio Carmesim como eu. Mas me pego questionando se o objetivo da guerra não seria, na verdade, a busca pela paz. Será que, após tantas batalhas, encontrei o verdadeiro propósito do conflito, meu irmão?

____________家____________

Após o aconchegante momento em família, caminho em direção ao encontro com Sagara. Ele me espera próximo à entrada do Vale Boreal, com um sorriso discreto nos lábios. "Atrasado, como sempre", ele me provoca, enquanto recebe um "Cala a boca!" em resposta. Trocamos tapas nas costas e seguimos juntos, unidos por uma amizade que transcendeu a raiz de um antigo conflito.

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