POV Becky
Freen e eu estávamos no Central Park, sempre vínhamos aqui nos sábados de manhã, gostamos de ler aqui. Nossos sábados sempre foram sagrados, era quase como se fosse o nosso dia especial, um feriado próprio: o dia camren, como as meninas denominam.
Antigamente, antes de começarmos esse lance todo de amizade colorida, esse sempre foi o nosso dia. Era como o dia da amizade somente nosso, passávamos o dia inteiro juntas fazendo de tudo um pouco, à anos nós duas mantínhamos essa rotina.
— Saro, meu amor.
Ouvimos alguém falar, desviamos os olhos dos nossos livros quase ao mesmo tempo. Meu sangue ferveu ao ver aquela loira oxigenada de pé em frente à Freen, que bufou de raiva. Todo mundo sabe o quanto ela odeia que a chamem por apelidinhos carinhos ou melosos sem que ela dê alguma permissão.
— Quantas vezes eu terei que repetir. — disse com raiva após colocar o livro em cima do banco e se pôr de pé, ficando cara a cara com aquele ser . — Não me chame assim, Cecília. Sabe muito bem que só quem tem o direito de me chamar assim, é ela.
Olhou em minha direção e eu sorri abertamente, amo quando ela faz aquilo, principalmente quando é para quebrar aquela vadia e desfazer esse sorrisinho idiota dela.
— Ela é irrelevante.
Falou com desdém, ignorando minha presença. Freen cerrou os punhos e travou a mandíbula. Ela estava perdendo o controle, por mais que eu quisesse vê-la arrebentar a cara daquela garota ridícula todinha, eu não queria ver ela se remoendo por culpa mais tarde. Freen poder ser bem ranzinza e estressada, mas jamais levantava a mão para bater em alguém sem necessidade, quando perde a paciência e faz isso, passa a noite se culpando, às vezes até dias. Perdi as contas de quantas vezes ela ficou se remoendo de culpa no colegial, quando batia em alguém porque estavam mexendo comigo.
— Mô, se acalma.
Disse baixo e calmamente para Freen, porém alto o suficiente para que Cece escutasse. Ouvi ela bufar e olhei para ela, que me fuzilava com os olhos.
— Saro, vamos sai...
Tentou ignorar minha presença de novo, só que agora quem estava perdendo a paciência era eu.
— Cale essa maldita boca, Cecília! — cortei-a num tom alto e raivoso, pude ver seu corpo retesar e ela me olhar surpresa com a minha explosão. — Freen não vai em porra de lugar nenhum com você, não quero minha namorada contigo.
Estava com tanto ódio que nem me dei conta do que havia dito, o queixo de Cece caiu em descrença. Arregalei os olhos quando me dei conta da minha fala, não queria pressionar Freen a nada, queria que tudo fosse no tempo dela, senti um puta medo de ter jogado todo nosso progresso no lixo.
— Namorada?
Cece questionou sem acreditar, num tom totalmente desdenhoso. Eu deixei para me importar com o que Freen pensaria depois. Quem essa garota acha que é pra falar assim comigo?
— Sim, namorada. Agora se nos dá licença temos coisas mais importantes para fazer.
Disse e peguei nossas coisas, em seguida sai puxando Freen pelo braço, deixando aquela loira intrometida com uma cara de pamonha para trás.
Fui até onde o carro de Freen estava estacionado, a todo momento eu evitei olhar em seus olhos.
— M-me desculp...
Comecei a me desculpar, porém fui impedida pelos lábios macios de Freen. De inicio fiquei surpresa com aquilo, achei que ela iria brigar, ou então falar que não tínhamos nada, esperei qualquer outra reação menos aquela.
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A Melhor Amiga Da Noiva - FreenBecky
Storie d'amorePara Freen Sarocha Chankimha, a vida é boa: ela é sexy, bem sucedida, tem muita sorte com as mulheres e sabe que sempre pode contar com Becky, sua encantadora melhor amiga, e única presença constante em sua vida. É a combinação perfeita, até que Bec...