Point Of View Juliette Freire
Minha cabeça parecia que ia explodir, enquanto eu tentava tomar mais um fôlego sem ter a vontade de colocar meu estômago para fora.
Porque eu fui beber tanto daquele jeito? Bela pergunta, Juliette. Nenhuma porra de resposta.
Abri meus olhos novamente, sentindo a luz fluorescente do meu banheiro queimar minhas córneas lentamente. Mas era preciso. Eu já havia colocado para fora tudo o que eu havia bebido na noite anterior, e nada mais saía. Meu estômago parecia estar em carne viva, minha garganta queimava e eu estava com receio de tentar vomitar mais uma vez e que sangue começasse a sair pela minha boca.
Me levantei lentamente, e dei descarga, me olhando no espelho pela primeira vez naquele dia. Puta merda, eu estava terrível! O meu lápis de olho e rímel haviam criado uma bolsa preta abaixo dos meus olhos, meu bato vermelho estava espalhado ao redor da minha boca, me fazendo odiar essa porcaria que dura vinte e quatro horas. Pois é, minha aparência estava uma merda tanto por fora como por dentro, minha vida toda estava uma merda.
- Fim de história para você, Juliette! - Murmurei para mim mesma, olhando--me no espelho.
Resolvi que ficar ali parada, vendo a imagem da destruição em mim mesma, não iria adiantar de nada. Então removi toda a maquiagem e escovei os dentes. Logo depois, tirei o vestido curto que ainda vestia e me joguei embaixo do chuveiro, sentindo a água gelada ferir cada poro da minha pele quente. Mas era preciso, eu tinha que tirar aquela ressaca infeliz de mim. Após o banho, me sequei e saí do banheiro, dando de cara com Maiara deitada no sofá do meu quarto. Ela estava tão mal quanto eu, mas aquilo me fez sorrir de leve. Eu realmente tinha a melhor amiga do mundo.
Depois de me vestir, tomei dois comprimidos para dor de cabeça e voltei para o quarto, recusando qualquer ideia de comer, visto que meu estômago ainda estava querendo que eu ficasse com a cara dentro do vaso sanitário. Me deitei na cama e fechei os olhos, sentindo o latejar lento e constante na minha cabeça, enquanto a inconsciência me tomava novamente.
- Vamos acordar, flor do dia!
- Oh não... - Carla estava pulando em cima da minha cama, fazendo meu corpo sonolento quicar de leve em cima do colchão.
- Anda logo, Juli, temos que conversar sobre a noite passada, sua danadinha! - disse, rindo alto.
Abri os olhos e olhei para ela. Estava de banho tomado e vestida com um conjunto de moletom lilás que ficava grande demais em mim, como sempre fazia quando dormia na minha casa sem levar mala consigo. Me sentei e soltei um longo suspiro, sentindo minha cabeça latejar bem menos do que antes de eu pegar no sono.
- Danadinha? Por que? - perguntei, encostando-me na cabeceira da cama.
Ela se sentou na cama e me olhou, soltando uma risadinha. Ok, aquilo era uma piada interna e eu estava perdida ali.
- Fale logo, eu não tenho a vida toda!
- Quanto mau humor, querida... Isso é por causa da ressaca? - Carla perguntou, rindo. Eu apenas revirei os olhos e esperei. - Ah, fala sério, Juliette... Vai dizer que não se lembra da noite de ontem?
- Eu me lembro, claro. Me lembro de ter enchido a cara de tudo o que era alcoólico. Aliás, nunca mais me deixa fazer isso, por favor!
- Ta bom e quanto ao resto?
- Que resto?
Ela me olhou com o sorriso desaparecendo lentamente.
- O contrato e tudo mais...
- Que contrato?
Quando Carla ia abrir a boca para responder, meu celular tocou alto, nos fazendo dar um pulo na cama. O peguei em cima da mesa de cabeceira, vendo o número desconhecido na tela. Com o cenho franzido, atendi.
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PORNSTAR - G!P
FanficJuliette Freire é uma mulher de vinte e dois anos. Cursa faculdade de odontologia, ama ler e é apaixonada por seu noivo, Bil. Tudo em sua vida sempre foi perfeito e em ordem, até que seu noivo a trai de forma descarada. Seu mundo magnífico é destru...