Minjeong se viu perdida, ela precisava de alguém que soubesse falar bem polonês. Na verdade ela sabia de alguém. Giselle. Depois de uma rápida ligação alegando que estava com saudades da ex amiga da faculdade, Giselle enviou o endereço de uma lanchonete próxima a delegacia.
- Olá! - Giselle á cumprimentou assim que Minjeong adentrou a lanchonete. - Oh! visual novo?
- Oi! - Minjeong se sentou de frente pra Giselle e notou que ela tomava café amargo. - Sim, meu marido gosta de ruivas! - Falou com humor e Giselle riu negando com a cabeça.
- Já pedi o seu café, amargo como sempre né? - Ela riu e Minjeong apenas concordou com a cabeça. - Mas eai? como vão as coisas? - Deu um gole no seu café e Minjeong se remexeu desconfortável.
- Na verdade, estou trabalhando hoje.. - Falou sem jeito e Giselle apenas concordou com a cabeça sem entender muito bem. - Preciso da sua ajuda. - Tirou o gravador da bolsa e Giselle arqueou as sobrancelhas.
- Para o que exatamente? - Perguntou desconfiada. - Sei que prometemos ajudar uma a outra sempre, mas não vou esconder nenhum corpo. - Falou com humor e Minjeong riu negando com a cabeça.
- Preciso que você traduza isso. - Colocou o gravador com fones de ouvido sobre a mesa. - Por favor.. está em polonês. - Giselle era muito desconfiada, mas mesmo assim colocou os fones e apertou no botão.
- Wow! ela definitivamente não está pura. - Riu desacreditada e Minjeong mordeu os lábios com medo de nem Giselle entender.
- A tradutora não tirou nada claro dela. - Minjeong disse frustrada passando a mão nos seus fios ruivos. - Obrigada! - Agradeceu o garçom pelo café. - Você está conseguindo entender algo? talvez o sotaque seja muito diferente. - Giselle parecia concentrada.
- Do que você precisa exatamente? - Perguntou bebendo seu café.
- Só da descrição da pessoa que ela viu na rua. - Falou imitando o ato de Giselle.
- Oh! aqui. - Arrumou sua postura e tombou a cabeça pro lado. - Escuro, alto.. - Giselle riu e apertou no botão de voltar do gravador. - Se eu te dizer ale decha, o que você imagina? - Perguntou de repente e Minjeong apenas deu de ombros balançando a cabeça.
- Não tenho a menor ideia.. - Falou bebendo mais um pouco do seu café.
- Olha, não me leve a mal! eles são adoráveis.. - Comentou rindo e Minjeong ficou mais confusa ainda. - Mas.. - Fez um movimento com as mãos.
- O que é? - Minjeong alternava o olhar entre as mãos de Giselle e o seu rosto que parecia se divertir com o que escutava no gravador.
- "ale decha" significa peitos pequenos. - Falou rindo e Minjeong pareceu se iluminar. - Peito reto. Como uma tábua. - Riu e bebeu mais um gole do café. - Ela usou gírias que a tradutora provavelmente não conhecia. - Minjeong estava com a boca entreaberta e Giselle voltou a gravação mais uma vez.
- Sua assassina era "psicopata de peito pequeno", aparentemente. - Tirou os fones e sorriu. Minjeong ainda estava com cara de paisagem.
- Excelente trabalho de tradução. - Disse se levantando e separando a franja de Giselle, deu um beijo em sua testa e se retirou.
Giselle riu e negou com a cabeça observando Minjeong sair. Deixou seu olhar cair sobre a mesa e notou uma nota de dez libras embaixo da caneca de café. Minjeong realmente não tinha mudado nada.
Minjeong precisava encontrar algo com aquela informação. Ningning! sua salvadora.
- Oi! Estava contando que não estivesse mais viva. - Minjeong disse assim que Ning atendeu a ligação. - Espera, por que ainda está no escritório? - Perguntou observando ao redor na tentativa de avistar algum taxi por ali.
- Minha irmã está em casa, vou dormir aqui. - Ning disse suspirando e Minjeong pode escutar barulhos do teclado. - O que você quer?
- Você pode ver pra mim, Margit Polsen nos registros? e todas as assassinas ativas com menos de quarenta e cinco anos? - Minjeong pediu mas não tinha muitas esperanças de que achasse algo tão fácil assim.
- Tudo bem.. só um segundo. - Ning digitava e Minjeong mordeu os lábios observando a rua movimentada. - Estou vendo a Margie. Diga.
- Qual é o tamanho das tetas dela? - Perguntou e Ning riu. - Peitos. - Se corrigiu.
- Ok.. sei que você gosta de assassinos, mas me recuso falar deles assim. - Minjeong revirou os olhos. - Eles também são humanos, sabia? - Ning riu e Minjeong sentiu vontade de faze-la comer peça por peça daquele teclado barulhento.
- Ningning!
- Gigantes. Ela tem imensos seios caídos. - Ning não sabia, mas aquilo era importante para Minjeong. - Isso serve pra você? - Minjeong coçou a cabeça.
- Obrigada.. Tem mais arquivos? - Perguntou ainda na esperança de achar alguma com seios pequenos.
- Há mais duas registradas. Estou pegando. - Minjeong escutou novamente Ning digitar algo freneticamente. - Hm, Katrina Voltrinski e Wendi Helmsen.
- Do que se trata? - Perguntou sem entender o porquê Minjeong parecia tão curiosa sobre seios de assassinas famosas.
- As duas estão mortas. - Minjeong bagunçou os cabelos. - Há alerta para novas?
- Não..
- Certo.. obrigada! - Minjeong realmente se sentia perdida. - E não diga a ninguém que pedi isso. - Pediu se sentindo estranha por perguntar sobre os seios de outras mulheres.
- Claro. Todas as nossas linhas são confidenciais, madame. - Ning imitou uma atendente de hotel e Minjeong riu.
- Obrigada! - Falou ainda rindo da imitação convincente de Ning.
- Tudo bem...
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KILLING OBSESSION - WinRina
ActionMinjeong é uma agente secreta que fica obcecada em conseguir capturar uma misteriosa assassina, o que a leva a embarcar em uma perigosa caçada.