capítulo 11

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S/n Elish

Tá, estou até agora tentando lembrar o que me levou a beber tanto, não lembro se alguém me influenciou ou algo do tipo, só sei que eu tô muito mal.

Acabei de tomar meu banho e agora estou na minha cama me segurando pra não chorar, meus olhos estão ardendo tentando segurar as lágrimas que estão prestes a cair e minhas mãos estão tremendo horrores, estou sentindo uma dor enorme dentro de mim que eu não sei explicar.

Ouço batidas na porta, respiro fundo e vou até a porta.

— boa noite...—vi uma garota da mesma altura que eu parada na porta, nunca vi essa garota antes.

— boa noite, eu lhe conheço?— perguntei curiosa olhando em seus olhos.

— não...eu sou uma empregada nova da mansão...— disse envergonhada, eu sinto uma conexão com essa garota, ela me parece familiar.— a senhorita Billie me pediu para trazer um remédio para a senhora.

-— bom, muito obrigada...-— parei minha fala esperando que ela diga seu nome.

-— Cecília! Cecília Albuquerque!-— disse um pouco mais animada e eu sorri para a mesma.

Estranhei pois a Mari também tem o sobrenome Albuquerque, será que as duas são parentes?

-— m-muito obrigada por trazer o remédio...— senti minha ansiedade atacar e provavelmente a Cecília percebeu já que ela se aproximou de mim.

-— a senhorita está bem?-— a morena disse olhando pra minhas mãos que estavam tremendo, não consegui me segurar e a abracei deixando minhas lágrimas caírem.

Ok isso é meio estranho, eu desabar em choro no ombro de uma menina que eu acabei de conhecer.

Ela acaricia meus cabelos como se fosse uma conhecida minha, me consolando e abraçando.

Tá, isso está muito estranho.

-— me desculpa por isso.-— me afastei da moça e ela me olhou com olhar de preocupação.

-— não tem problema, você deve estar passando por um momento difícil.-— disse ela sem se intrometer.

-— quero te conhecer melhor, bem entre.-— dei espaço pra ela entrar no meu quarto e assim fez.

Caramba que cheirosa, deve ser o cabelo dela.

-— gostei do seu quarto.-— ela disse olhando meus desenhos mas o foco dela foi na guitarra.-— guitarrista?? Caramba!

-— obrigada e sim eu sou guitarrista desde os 12 anos.-— ela fez uma expressão de curiosa.

-— nossa eu sempre quis aprender a tocar guitarra!-— disse olhando a guitarra e passou os dedos nas suas cordas.

-— podemos praticar algum dia!-— indaguei.

-— mudando de assunto... porque exatamente a senhorita estava chorando?-— a olhei um pouco séria.

-— bom eu... não gosto muito que funcionários perguntem sobre a minha vida pessoal mas...pra você eu vou contar, não sei porque mas senti uma confiança em você.-— ela deu um sorriso sem mostrar os dentes.

-— eu também senti uma confiança em você, é como se a gente fosse melhores amigas.-— Cecília disse animada.-— mas me conte, o que aconteceu?

-— é... que a pouco tempo eu estava gostando de uma pessoa, a gente ficou e tals mas depois de dois dias essa pessoa chegou com um papo de que nossas famílias tem um problema no passado e que isso tá passando de geração a geração, a mãe dela pediu pra nós terminamos esse "lance"...— suspirei.— e assim fizemos, eu não estou conseguindo criar sentimentos por outra pessoa, é como uma dependência emocional sabe? E hoje eu a vi...— me lembrar da cena tá sendo a pior coisa da minha vida, siga s/n!— eu a vi com um garoto, eles estavam bem próximos e ele pagou sorvete pra ela, pelo visto ela já me esqueceu...

𝑬𝒔𝒔𝒆 𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒏𝒂̃𝒐 𝑷𝒐𝒅𝒆 𝑨𝒄𝒐𝒏𝒕𝒆𝒄𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora