JUNGKOOK
Ri de Lorena que tinha o rosto borrado de rímel e ela tacou um pedaço de papel em mim
─── Qual foi amor, eles só estão noivos
─── Se você ousar não derramar uma lágrima no dia que formos casar, eu te abandono no altar ── gargalhei
─── Você não vai fazer isso e eu não vou chorar
─── Não vai? ── cruza os braços e eu nego
── Du-vi-do!─── Eu também ── rimos e eu me abaixei em sua frente, pegando o lenço da sua mão e a ajudando a limpar o rosto
─── Você é um fofo
─── Eu sei ── termino de limpar e beijo seus lábios ── Vamos? Meus pais devem estar nos esperando
Ela se vira para olhar o espelho e suspira
─── Se eles não gostarem de mim?
─── Eles vão te amar, como eu te amo ── beijo suas mãos e sorrio
O quarto do hotel parecia enorme demais pra nós dois e eu gostaria de ficar na casa dos meus pais logo depois que Lorena os conhecer
─── Tem certeza?
─── É claro que tenho
Pegamos nossas coisas e eu agarrei a coleira de Nat, indo em direção ao meu carro
─── FILHO!!! ── escuto a voz de minha mãe assim que piso o pé no jardim da casa e sorrio
─── Oi mãe! ── vou até ela a abraçando fortemente
─── Meu Deus, como você está bonito ── a mesma apertou minhas bochechas ── E forte
─── Eu sei mamãe, sempre fui lindo ── ela bateu em minha cabeça e eu ri
─── Convencido, é igual ao seu pai ── a mesma desvia o olhar pra trás de mim e eu me viro, vendo Lorena parada enquanto segurava a coleira de Nat ── Querida...
Mamãe foi até ela e a puxou para um abraço, sorri ao ver Lorena com os olhos arregalados, mas depois se entregou ao abraço e senti meu coração se aquecer
─── Meu garoto! ── sinto a mão de meu pai em meu ombro e olho pra trás
─── Pai! ── o abraço e assim que nos afastamos ele me entrega uma garrafa de cerveja ── Mas, o que?
─── Vamos comemorar né? Finalmente largou a morta e voltou a viver
─── Papai! ── reclamo e ele ri dando de ombros e bate a garrafa dele contra a minha
─── Um brinde, agora, a pessoa certa ── ele aponta pra Lorena e minha mãe que conversavam e riam juntas
─── É, a pessoa certa ── bato minha garrafa contra a dele dessa vez e sorrio levando a garrafa até os lábios
Entramos pra casa e eu fui derrubado por Bam, me fazendo rir
─── Filhote ── afago seu pelo, mas, sou deixado de lado quando Lorena e Nat passam pela porta ── Olha que traição
─── Eu senti a mesma coisa quando Nat preferiu você... Mas acho que agora, os dois se preferem ── Bam e Nat pareciam se conhecer e eu ri ao ver Bam se escondendo atrás das pernas de minha mãe, quando Nat chegou perto demais
─── Tá com medo dela Bam? Precisa não, vocês são o amor um do outro, pode escrever! ── digo e me levanto do chão
─── Até parece que ele entende ── mamãe diz debochada e se afasta, levando Lorena com ela e eu fui atrás, é claro ── Tá fazendo o que atrás de nós?
─── Não posso?
─── Não, agora vou ficar com a minha nora e você arruma algo pra fazer com seu pai, vamos! ── ela me empurra pra fora da cozinha
─── Amor... ── reclamo olhando pra Lorena que ri ── Um beijinho de despedida só?
─── Mas o que? ── minha mãe diz e fecha a porta que separava a cozinha da sala em minha cara
─── Acho que ficamos sozinhos, sim? ── meu pai diz e eu bufo me sentando ao seu lado ── Aceita?
O vejo estender um charuto e eu dei de ombros, aceitando
─── Sua mãe gostou dela
─── Percebi
─── E eu também e nem precisei conversar com ela... Eu vejo em seus olhos
─── Ah pai... Ela é meu tudo, eu quero viver com ela pra sempre e eu a machuquei demais sabe? Errei muito na relação... E apesar de tudo isso, ela me perdoou e tem me ajudado a crescer muito ── respirei fundo sentindo as lágrimas escorrerem ── Ela tem me amado como ninguém jamais me amou
─── Oh filho ── ele me puxou para um abraço desengonçado e eu fechei meus olhos
Acho que precisava do colo dos meus pais, mais do que eu imaginava
05.06.24 - 09:45