Capítulo 2

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O menino começa a chorar querendo mamar novamente. Tenho muito leitee isso é um gasto a menos, já que o dinheiro que Hinata deixou comigo naúltima vez que nos vimos acabou.


Quem diria que um mês antes do nascimento de Menma aconteceria essa tragédia com os pais dele? Menma foi o nome que ela escolheu e resolvi manter.

Tentei falar com os pais dela, mas eles nem quiseram me ouvir. Eles eram legais comigo na infância, mas agora acham que eu quero lhes dar um golpe. É fácil perceber que o bebê não é meu, pois além dele ser loirinho dos olhos azul, o garotinho não tem nada da minha fisionomia.


Depois da morte de Hinata e do seu marido Minato, tudo deu errado. Realoficial.


O que era para ser o seu sonho se tornou meu pesadelo, pois hoje não tenho dinheiro nem para as necessidades básicas, muito menos para sustentar um bebezinho. Não sei como vai ser quando Menma largar o peito.


Ele está no carrinho, que também é o seu berço. Isso porque doaram paraele.


— Amigo, as coisas de bebê estão pela hora da morte! — Gaara entra, empurrando a porta com algumas sacolas nas mãos. — Sabe quanto custa a fralda descartável? Eu que não quero um pimpolho tão cedo. — Ele começa a retirar os itens da sacola.


— E o que me sugere? — Brinco com a mãozinha do Menma e não resisto, beijando as pontinhas dos seus dedos. Ele sorri ainda grudado em meu peito.


— Amigo, que furada que você entrou. Tem que encontrar os parentes da Hinata e entregar o menino. Os velhos precisam ajudar nas despesas ou ficar com ele. Você não tem condições.


— Eles acham que estou mentindo. Já fui lá cinco vezes e agora nem do portão eu passo. Não sei o que fazer. O pior é que estou me apegando ao menino. — Afago as bochechinhas rosadas do pequeno que está sugando meu peito com força.


— Sua vida está uma bagunça, amigo. Aqueles caras não estão de brincadeira. E, mesmo você entregando a casa, ainda restam as outras dívidas do cafajeste. Já pensou se resolvem fazer mal ao menino?


— Vira essa boca para lá! No pequeno ninguém toca. — Abraço-o de umjeito possessivo.


— Podemos entregá-lo para adoção. Ele teria um lar e não passaria sufoco. O menino tem sangue de rico. Não merece crescer comendo café com farinha de guerra.


— Não! — Beijo a cabecinha dele e o aperto contra meu corpo.


— Mas que merda, Sasuke! Esse pobre coitado não merece isso. Precisa entregá-lo para adoção. Será melhor para ele.


Ele tem razão. Amo Menma e acredito que ele também me considera. Sinto que se nos separarmos sofrerei, mas não quero ser egoísta de deixá-lo crescer passando necessidades.


— Hinata me falou que o marido dela tem outro filho. O cara tem uns trinta anos. Talvez ele queira cuidar do irmãozinho. É melhor do que jogá-lo em uma família totalmente estranha.

Pai Por Acaso - Adaptação / MPREGOnde histórias criam vida. Descubra agora