Riki tinha acabado de fazer seis anos e dez dias.
A época do aniversário do bebê era realmente angustiante para Jake. As lembranças da depressão pós parto que teve quando Riki nasceu voltavam mais fortes naqueles momentos.
Atualmente, tinham se estabilizado financeiramente. Heeseung abriu um restaurante juntamente de Jay, um amigo do casal, e Jake tinha realizado seu sonho de entrar para a polícia municipal da região e atualmente era sargento da nonagésima nona delegacia de Seul.
-Heeseung? -Jake chamou o marido, que estava na caixa de areia do jardim brincando com o filhote. -Vocês estão imundos! Venham já tomar banho. -Mandou, vendo a situação das roupas do marido. Ele tinha chegado do trabalho a cerca de duas horas e nem trocou seu avental. Agora, estava coberto de areia.
-Chefia tá mandando. -Ouviu Heeseung dizer para o filhote enquanto se levantava. Riki riu arteiro e se levantou, correndo na frente.
Jake parou o bebê antes de ele entrar na casa e sacudiu suas roupas, dando tapinhas no bumbum do garoto para tirar o excesso de areia.
-Você vai dar banho nele e eu faço a janta, ou prefere ao contrário? -Jake perguntou para Heeseung, que o puxou pela cintura e selou seus lábios com carinho.
-Você quem sabe, meu amor. -Heeseung o beijou mais uma vez. -Por mim tanto faz.
-Então você dá banho nele e eu faço a janta. -Jake definiu, Heeseung assentiu e beijou mais uma vez a bochecha do ômega, que segurou seu rosto e lhe deu um selar estalado antes de caminhar em direção a cozinha.
-Cadê meu meninão?! -Heeseung chamou, indo para dentro da casa enquanto procurava por Riki.
-Aqui! -Ouviu a voz adorável vinda do banheiro, então logo foi até lá. Sorriu ao ver Riki já com uma muda de roupas e uma toalha nas mãos.
Riki tinha aquilo de querer se provar independente, mesmo Heeseung e Jake não o instruindo a ser naquele momento. Era fofo e ajudava bastante.
Heeseung fechou a porta do banheiro e ligou o chuveiro numa temperatura agradável para o bebê. Riki se despiu e então entrou sozinho debaixo da água morna.
-Pai.. -Riki chamou baixinho ao que Heeseung começou a esfregar seus fios com shampoo.
-Hm? -Heeseung levou os olhos para o bebê, conferindo se não estava caindo shampoo em sua face.
-Por que o pai Jake não gosta de mim? -Ele murmurou inocente, Heeseung arqueou as sobrancelhas um pouquinho ofendido pelo ômega.
-Por que você pensa assim? -Perguntou confuso, voltando a esfregar os cabelos macios.
-Sempre que chega perto do meu aniversário ele fica triste. -Ele murmurou, brincando com os dedinhos. -E eu sou o único da minha sala que não tem festinha de aniversário. É muito chato, papai!
-Aconteceram coisas complicadas com seu pai quando você nasceu. -Heeseung disse, enxaguando com cuidado o cabelo do bebê. -Mas ele te ama. Te ama muito.
-Ele me ama mais que ama você? -Riki perguntou com olhinhos brilhantes.
-Tem chances de ele te amar mais que eu amo ele. -Heeseung disse sincero, mesmo sabendo que Riki não iria entender o quanto era aquilo.
-Papai, você sabia que quando dois cisnes se amam e um vai embora, o outro vai embora também? -Ele disse olhando para o alfa. -Você e o papai Jake são assim. Não dá de pensar em um sem o outro. -Ele disse, fechando os olhos para não cair shampoo.
Riki podia não entender o quão irônico acabava soando aquela frase no contexto em que Jake e Heeseung viveram a seis anos atrás, mas aquelas palavras fizeram Heeseung realmente refletir. Se Jake não tivesse aguentando tudo o que passou, será que Heeseung estaria ali atualmente? Será que conseguiria viver sem o amor da sua vida ao seu lado?
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oração - Heejake (abo)
Fiksi Penggemar(mpreg/abo) Heeseung estava fazendo a última oração do dia para salvar o coração de Jake de sua depressão pós parto.