Capítulo 3 || Velhas Desilusões

178 32 11
                                    

Hey hey! 

Devo avisar que o +18 é cena breve, e infelizmente ainda não a que gostaríamos de ver, mas tá perto... A putaria chega logo menos porque eu escrevi esse enredo todo justamente pra isso KKKKKKK 

enfim, boa leitura. 

[...]

Era pouco mais de meia noite quando Ochako parou na porta de seu apartamento, atrapalhando-se com as chaves na bolsinha minúscula que combinava com seu vestido vermelho, tão escuro quanto o vinho que enchia a única taça que ela havia bebido no restaurante.

Ela talvez ficasse menos amargurada com o fracasso do seu encontro se estivesse bêbada, mas quando aceitou sair com aquele cara — que estava flertando com ela há tempos —, estava pretendendo ficar lúcida para chegar onde ele provavelmente também queria, afinal, não parava de encarar seu decote a cada cinco segundos, cumprindo a função esperada da sua escolha de roupas para o segundo encontro.

E pensar que ele não chegaria nem a isso. Como diria Katsuki, o maldito foi um completo arrombado.

Primeiro, falava somente sobre si, e mais nada, quando ela tentava retribuir o assunto, ele sorria e logo a cortava. Uraraka só queria que ele calasse a boca e a beijasse de uma vez, assim ela poderia ignorar a parte do narcisismo completo, mas quando aconteceu, não soou tão bom quanto esperava.

Mesmo assim, uma mulher movida pelo período féritl, depilação em dia e lingerie nova, é capaz de loucuras inimagináveis.

Aceitou o convite para um lugar mais reservado, mas assim que arrumaram uma cama em um motel — que ela já havia traçado na rota antecipadamente —, o que estava ruim, com certeza ficou pior.

Ele parecia querer provar alguma coisa, então fazia tudo rápido demais, ela mal notou que suas roupas haviam sumido, duas meras lambidas em seus seios secaram antes que ele estivesse prestes a penetrá-la sem qualquer hesitação.

Foi um coito, silencioso e curto, quase humilhante. Ela fechou os olhos e tentou formar algo bom em sua mente, mas antes mesmo que pudesse realmente aumentar o tom de seus gemidos, ele urrou de um jeito bizarro e caiu sobre ela, chamando-a por um nome que não era o dela.

Ochako não teve outra reação a não ser suspirar e se virar, jogando-o para o lado e simplesmente indo buscar suas roupas o quão antes possível.

Ele tentou se sentar e chamar por ela, pedindo desculpas e quase chorando ao falar que aquele era o nome de sua ex que ele claramente não superou, mas a morena estava ocupada demais recolhendo sua calcinha e sutiã caríssimos de renda depois de vestir somente o vestido, frustrada demais para ficar ouvindo a ladainha.

Ela agiu como uma desesperada cheia de fogo e só conseguiu dar de cara com outro desesperado mal resolvido, além de ter que lidar com o tesão que perdurava em sua pele, mesmo que não com ajuda do idiota que agora ficava murmurando em inglês.

— Cara, na moral. — Uraraka manteve a pose de mocinha fofa até certo ponto, agora não estava mais tentando atrair alguém, pelo contrário, esperava não ver aquele cara nunca mais. — Se você tentar falar comigo de novo, eu te chuto pra estratosfera.

Ela não pensou duas vezes ao sair furiosa daquele quarto, segurando os saltos para ir mais rápido descalça, até removendo parte de seu peso para levitar até a saída. Pegou seus documentos e deixou a conta paga, mesmo que tivesse notado o olhar de solidariedade da mulher ao lhe entregar a identificação.

Foi rápido chegar em casa, mas a sensação de humilhação e frustração não sumiram tão rápido assim, então ao ter sob seus pés o chão gelado e o ambiente silencioso, decidiu que seria discreta e iria chorar em silêncio para não acordar os outros dois que provavelmente já estavam dormindo. Largou os sapatos no canto, prometendo a si mesma que os pegaria antes de ir para o quarto, pensando no que Katsuki faria se visse a bagunça por aí. A lingerie foi deixada no primeiro banco alto de frente para o mármore que dividia a cozinha e a sala, pois a morena pretendia usar o do meio, que era seu favorito para ter uma boa visão de todos os presentes, mesmo que estivesse sozinha e iludida naquele exato momento.

Curiosidade Profana II KirikacchakoOnde histórias criam vida. Descubra agora