Capítulo 4 || Recentes Memórias

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Hey

Seguimos, muitos planos pela frente. 

Boa leitura! 

[...]

A manhã chegou suave, mas o mísero raio de sol que passava pela fresta das cortinas semi abertas era justamente o que ficava sobre os olhos da morena, que se remexeu e gemeu alto ao erguer as cobertas para cobrir seu rosto.

Uraraka queria voltar a dormir, mas assim que recobrou um pouco da consciência, sentiu o latejar incessante em suas têmporas, estremecendo de náuseas ao virar para tentar se levantar e sentar na beira da cama, ainda com os olhos fechados para não se atrever com a claridade do cômodo.

— Porra... — Levou a mão à cabeça e suspirou, sentindo-se pesada como se um trator tivesse atropelado seu corpo e ainda dado ré. Por um momento, pensava estar usando sua individualidade ao contrário, mas ao tocar o chão frio e finalmente semicerrar os olhos, sabia que seria má ideia tentar qualquer coisa se não quisesse vomitar em seu pijama fofinho de estrelinhas e planetas.

O pijama que ela não lembrava de ter vestido, aliás.

Fechou os olhos e se jogou de volta na cama com os braços para cima, encarando o teto mesmo que sua cabeça estivesse doendo com a cor creme tão clara.

Ela havia saído para um encontro, voltou e bebeu um pouco de vinho, chorou muito, Katsuki apareceu e...

Assim que aquela conversa passou em velocidade 2.0x em sua mente cansada do porre, Ochako quase saltou da cama e foi direto para o chão, gemendo alto pela pancada repentina condizente com a vertigem de ter levantado rápido demais.

Ela se encolheu e fechou os olhos, esperando por som de passos ou alguma voz lhe perguntando se estava tudo bem, mas ao notar que não havia mais ninguém em casa, pôde relaxar e soltar o ar, se jogando no chão de maneira desolada que renderia até um meme.

— Eu falei pro Katsuki que eu queria transar. — Uraraka deixou-se levar pela exasperação e sentou-se lentamente, conversando consigo mesma como se estivesse brigando com sua imagem no espelho. — Eu falei tanta merda, puta que pariu...

Ochako sentia seu mundo caindo em espiral de uma vez só, em uma única noite ela tinha conseguido se passar por uma tarada desiludida para seus dois melhores amigos com uma facilidade despretensiosa,

Merda, ela estava completamente ferrada.

Seu instinto foi primeiro se levantar do chão, indo em busca do celular que estava conectado ao carregador sobre a cômoda, coisa que ela certamente não tinha feito também, pois sempre esquecia disso até quando sóbria.

Quando alcançou o aparelho, a claridade extremamente forte quase a cegou, mas depois de algum esforço, conseguiu diminuir a luminosidade da tela e aproveitou para conferir as notificações.

A primeira coisa que lhe chamou atenção foi uma mensagem de Katsuki, que nem hesitou em abrir por mais que seu coração tenha saltado forte pela possibilidade de ser um aviso para que ela saísse daquele apartamento imediatamente por ter sido tão idiota na noite anterior.

Muito pelo contrário, ele tinha conseguido desconcertá-la facilmente:

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Kats Boom 💥

Bom dia, pinguça.

Vá logo escovar esses dentes e coma alguma coisa

Deixei seu café da manhã no microondas.

Tem aspirinas no armário de cima.

Use um banquinho, vai vomitar na minha cozinha

Curiosidade Profana II KirikacchakoOnde histórias criam vida. Descubra agora