As Umbandas dentro da Umbanda

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- As vertentes da Umbanda:

Dentro da Umbanda, a diversidade das práticas e crenças deu origem a diferentes "Umbandas", cada uma com suas próprias características e ênfases. 

Cada casa de Umbanda, traz em si, suas próprias doutrinas, formas de culto e até mesmo sua própria liturgia e teologia. Porém, nunca devemos nos esquecer dos pilares centrais que fazem da Umbanda o que é: Humildade, simplicidade e caridade. Se algum desses pilares não estiver presente não só no discurso, mas na atitude daquele local, não podemos dizer que é Umbanda.

Devemos sempre buscar os 3 pilares da Umbanda em qualquer casa que visitemos, porém devemos compreender que existem diferenças de culto. A essas diferenças, a essas Umbandas diferentes, damos o nome de vertentes. Podemos encontrar diversas vertentes, e se formos levar ao pé-da-letra, existe uma nova vertente sendo fundada a cada nova casa que se abre. Contudo, vamos nos fixar as mais conhecidas para compreensão:


- Umbanda Tradicional:

Outros nomes: É também conhecida como: Alabanda; Linha Branca de Umbanda e Demanda; e Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por Pai Antônio e Orixá Malê, através do seu médium, Zélio Fernandino de Moraes (10/04/1891 – 03/10/1975), surgida em São Gonçalo, RJ, em 16/11/1908, com a fundação da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. Tida como a ""Umbanda original"".

Orixás: Cultua os Santos, sendo que os mesmos podem ser sincretizados com os Orixás, mas compreendem que o Orixá é um título aplicado a espíritos que alcançaram um elevado patamar na hierarquia espiritual, os quais representam, em missões especiais, de prazo variável, o alto chefe de sua linha. É pelos seus encargos comparável a um general: ora incumbido da inspeção das falanges, ora encarregado de auxiliar a atividade de centros necessitados de amparo, e, nesta hipótese fica subordinado ao guia geral do agrupamento a que pertencem tais centros. Acredita que existam 126 Orixás, distribuídos em 07 linhas espirituais de trabalho. 

Linhas de trabalho: Considera a existência de 7 linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui os espíritos que se apresentam como Crianças), de Iemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Iansã e de Santo ou das Almas (onde inclui as almas recém-desencarnadas, os exus coroados, os exus batizados e as entidades auxiliares).

Entidades: Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as) Velhos(as) e Crianças e não há giras para Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Malandros, Exus e Pombagiras.

Ritualística: A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas (sempre brancas), bebidas e pontos riscados nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.

Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: "O livro dos espíritos"; "O livro dos médiuns"; "O evangelho segundo o Espiritismo"; e "O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda".


- Umbanda Kardecista:

Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda de Mesa Branca; Umbanda Branca; e Umbanda de Cáritas.

Origem: É a vertente com forte influência do Espiritismo, geralmente praticada em centros espíritas que passaram a desenvolver giras de Umbanda junto com as sessões espíritas tradicionais. É uma das mais antigas vertentes, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.

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