— Eu também amo você, Léo — respondo
enquanto pego os ingredientes na cozinha. — E você sabe disso, né? Então, nada de ficar para baixo por causa de comentários idiotas.Ele sorri, mas ainda parece um pouco abatido. Decido que a melhor forma de animá-lo é distraí-lo com uma conversa leve e divertida enquanto preparo o macarrão.
— Lembra daquele verão em que fomos para a praia e você decidiu que queria aprender a surfar? — pergunto, tentando mudar o clima.
Léo solta uma gargalhada, a tristeza em seus olhos começando a desaparecer.
— Como poderia esquecer? Acho que engoli mais água do mar do que realmente surfei.
— E acabou se apaixonando por uma instrutora de surfe que, se bem me lembro, tinha namorado — completo, rindo.
— Ah, Ana... ela foi gentil o suficiente para me ensinar, mesmo que eu fosse um desastre completo. Mas foi divertido, não foi?
— Foi — concordo. — E você nunca se preocupou com o que as pessoas pensavam naquela época. O que mudou?
Ele dá de ombros, olhando para o chão.
— Acho que é a idade, sabe? E esses comentários... acabam mexendo com a gente, mesmo que a gente tente ignorar.
— Entendo — digo suavemente, colocando o macarrão para cozinhar. — Mas quero que você saiba que, para mim, você sempre será o Léo incrível que conheço há anos. E não importa o que os outros digam.
Ele sorri, um sorriso mais genuíno desta vez.
— Obrigado, Joaninha. Você sempre sabe o que dizer para me fazer sentir melhor.
— E sempre vou estar aqui para isso — respondo, sentindo-me grata por tê-lo em minha vida. — Agora, vamos focar no macarrão. Tenho certeza de que vai adorar.
Enquanto mexo o molho e ele observa, a conversa flui naturalmente para outros tópicos: lembranças de viagens, planos para o futuro, e até mesmo alguns desabafos sobre a vida. Aos poucos, a cozinha se enche de risadas e histórias, e o peso que Léo carregava parece começar a se dissipar.
— Está pronto! — anuncio, servindo dois pratos generosos de macarrão.
Léo pega o garfo e dá a primeira mordida, fechando os olhos em apreciação.
— Isso está delicioso, Kate. Você sempre soube como me conquistar pelo estômago.
— E espero continuar fazendo isso por muitos anos — digo, levantando meu copo em um brinde imaginário.
— A nós — ele diz, erguendo o seu também. — E às pessoas que nos fazem sentir especiais, mesmo nos nossos piores dias.
— À nós — repito, sentindo uma onda de carinho e gratidão por aquele momento simples, mas
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you are my sun
RomanceNo auge dos seus 48 anos Kate sentia que falta algo em sua vida, ela sabia exatamente o que era