Capítulo IX

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Draco Lucius Black Malfoy, foi uma criança puro sangue criada para esta no topo de toda as hierarquias existentes, seus pais trabalharam duro durante toda infância do pequeno Malfoy para que isso fosse realizado, melhor educação, melhores roupas, melhores viagens, entretanto, nada disso seria de fato realizado se o único herdeiro dos Malfoy's não tivesse se esforçado como ninguém nunca antes tinha feito, seu corpo se adaptou as poucas horas de sono, horas essas que eram curtas devido suas longas práticas de magia e leituras, Draco seria um Alfa, mas não um Alfa qualquer, ele seria o alfa que ocuparia o topo.

O pequeno Malfoy não evitou as lágrimas que mancharam seu rosto naquele dia, em frente aos seus dedicados e atenciosos pais, o resultado era claro em sua pele, seu padrinho havia acabado de realizar seu teste de classificação.

Ômega.

Ele era um ômega, não era um alfa como seu pai, era um ômega como sua mãe, que não parava de sorrir enquanto lágrimas brilhavam em seus olhos gentis, seu pai não parecia surpreso, como se já soubesse do resultado a tempos, o que ele faria agora? Se tornaria alguém medíocre que estaria fadado a obedecer um Alfa como sua tia Bella? E se seu/sua Alfa fosse alguém terrível, esses meros pensamentos o deixaram desesperado, Draco poderia ter apenas oito anos de idade, mas nunca se sentiu tão bagunçado e instável como naquele momento.

O símbolo ômega brilhava em sua pele pálida, Draco não a via, mas sentia um formigamento no local como um despertar, algo começava a formigar dentro de seu pequeno corpo, um sentimento estranho estava presente.

O que era aquilo?

O que estava acontecendo com ele? 

Ele iria morrer?

Um grito de dor o tomou naquele momento, uma dor insuportável, e então o loiro se recordou, do motivo dos testes de classificação serem feitos aos oito anos, era quando eles começavam a ter indícios de suas personalidades, o momento perfeito para despertarem a consciência do seu lobo interior para que possam crescer juntos e em equilíbrio, era também onde tinham sua primeira transformação.

Seus pensamentos se dissiparam quando um barulho insuportável que era detectado por sua audição naquele momento, sua mãe e seu pai estavam falando alguma coisa, mas não conseguia compreender, sua cabeça doía como se algo tivesse lhe acertado, e então, tudo ficou em câmera lenta, enquanto sua vista ia escurecendo, ele havia perdido o controle de seu próprio corpo, se entregando a escuridão. Ao acordar, manteve seus olhos fechados e então pode escutar seu nome ser chamado por uma voz doce e suave, tão infantil quanto a sua própria voz, era tão quente e confortável, que o pequeno garoto não se lembrou de mais nada após isso.

Acordou no final do dia, no colo de sua mãe, que lhe disse que sua transformação havia sido intensa que apenas o seu lado lupino havia resistido, enquanto seu lado humano adormeceu, Draco ficou chocado quando sua mãe mostrou algumas fotografias tirada por seu padrinho, uma delas havia três lobos brancos, todos de tamanhos diferentes, ele reconheceu seu pai de cara, o maior entre eles, sua mãe ao lado dele sendo um pouco menor e com alguns detalhes em preto sobre sua pelagem, e ele, o menor, todos de olhos azuis intensos, Draco estava orgulhoso daquela foto, e então passou para a próxima um tanto chocado.

Na seguinte fotografia seu lobo corria como nunca, uivando sem parar para os adultos, como um sem classe, com um rebelde! Entretanto seu espanto maior foi ver uma em que seu lado lupino todo sujo de lama e jogando lama em seus pais que passavam a brincar com ele e a última, os pelos de todos antes brancos agora estavam cobertos de lama e folhagem seca do começo do outono, naquela última fotografia, um lobo cinza estava presente no mesmo estado que eles, era o seu padrinho, aquela era a fotografia favorita de Draco ele era um garoto tão feliz.

O Amor (não) é pra mim ~ DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora