Às vezes me olho no espelho
E tiro de meus lábios uma dúvida que me deixa salivando em certas horas
Eu me pergunto na maior tranquilidade como é ser escolhida
Mas o meu reflexo chora
Meu reflexo está cansado
O teclado e meus dedos estão esgotados
Eles sempre escrevem sobre dores
Amores… fases
Eu venho tentando me escolher muito mais
É só o que sei/ passei/ sentir
Aqueles olhos me encaram
Eles me dizem que estou passando por isso de novo
Finjo não me importar
Mas é meu reflexo não é
Eu estou esperando ele me dizer quem é a próxima que quer
A próxima
A próxima
A-próxima a se aproximar
Mas não é pelo que é
É pela escolha
O poder da substituição
Eu mesma estou me perguntando quem vai se (r) a-próxima
Mas então o espelho quebra
Volto a mim
E me garanto
Me mantenho intacta
Eu sou o primeiro raio de sol
Eu sou a carta da imperatriz
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Amor na Surdina
PoetryÉ preciso coragem para expressar o que a boca não foi capaz de fazer, Amor na Surdina... Mas espero que consiga me ouvir, mesmo que escrevendo.
