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"O indivíduo sempre tem de lutar para evitar ser subjugado pela tribo."
Nietzsche

Natalie Walker Quântico, Virgínia

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Natalie Walker
Quântico, Virgínia

Levanto da cama muito antes do som de meu despertador tocar. Estava tendo uma crise de insônia desde a noite anterior, imaginando as possibilidades para o dia de hoje.  Posso dizer que estou um pouco nervosa. Afinal, quem não ficaria? É meu primeiro dia em um emprego novo, com um supervisor novo e uma equipe nova.

Unidade Comportamental do FBI. Às vezes, eu me pergunto como havia chegado tão longe, mas sendo a mulher mais nova a já entrar para Interpol e ter sido considerada uma espécie de gênia a vida toda me abriu muitas portas, assim como essa.

Já tinha tomado banho e escovado os dentes antes mesmo do sol nascer, então abro meu guarda-roupa e aí vem um problema: eu não tenho ideia do que vestir, coisa que raramente acontece, mas dessa vez eu queria passar uma boa primeira impressão.

Olho para todas as peças que eu tenho nas mãos mais uma vez e ponho um ponto final na minha indecisão. Escolhi uma calça preta reta de alfaiataria e uma blusa social branca. Nos pés, minhas botas marrons de cano curto, com um leve salto. O clássico que sempre caí bem. Olho em volta depois de pronta e encaro a bagunça que teria de arrumar assim que chegar. Meu quarto não estava bem o que se chamam de habitável.

Meu cabelo estava voltando a se tornar ondulado desde que aterrissei nos Estados Unidos, então passei uma chapinha nele para o mesmo se domar. Talvez um pouco a mais de química fizesse o mesmo cair ao ponto de me deixar sem nenhum fio de cabelo, mas isso teria que acontecer para me convencer a usar meu cabelo ondulado novamente.

Faço uma maquiagem leve e resolvo deixar o motivo da minha irritação já logo cedo, meu cabelo, solto, depois de tanto estresse para deixá-lo apresentável. Pego minha bolsa, já pronta desde ontem e minha arma, a colocando no suporte preso a minha cintura.

Me olho no espelho e esboço um grande sorriso, já que no final das contas, hoje será um dia diferente de todos os que eu vivi nos últimos três anos na França. Comi uma torrada com geleia e bebi um café grande para conseguir ser útil o dia todo. Logo depois de terminar, escovei os dentes e desci as escadas do meu prédio.

Dirigi tranquilamente até a sede do FBI, contente e animada, embora estivesse bem mais nervosa do que havia acordado. Quando vi a fachada dele, comecei a temer que colocaria minha torrada para fora. Subi até o sétimo andar e abri a enorme porta que separava os elevadores do escritório, cheio de pessoas trabalhando.

De cara, reconheço um rosto se aproximando de mim. O Agente Supervisor Aaron Hotchner, o qual havia me contatado e me indicado para entrar na U.A.C. Eu e Hotchner já nos vimos em diversas palestras e uma vez em um caso quando eu era novata na Interpol, então o conheço bem para idolatrar seu trabalho.

- Doutora Walker, é um prazer revê-la. Fico contente que tenha aceitado o trabalho com tanta prontidão. - ele fala, levantando uma de suas mãos para me cumprimentar, o que me faz retribuir o gesto rapidamente, agarrando sua mão e abrindo um sorriso amigável.

𝘞𝘩𝘢𝘵 𝘐𝘧? 𝘚𝘱𝘦𝘯𝘤𝘦𝘳 𝘙𝘦𝘪𝘥Onde histórias criam vida. Descubra agora