Traidor

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Namjoon. Seu jeito é impossível de não ser reconhecido.

Me aproximo lentamente deixando uma distância segura entre nós. Droga, esqueci de avisar ao meu pai que já estávamos no local.

Olho para os lados discretamente e não vejo nossos homens, Namjoon está encapuzado, seu olhar penetra o funda da minha alma e sua aura não é mais a mesma de antes.

Kim Namjoon é duas vezes mais alto que eu, talvez terei que lutar e não será uma luta justa.

— O que faz aqui? - pergunto confusa.

O rapaz apenas me encara com um olhar intimidador e dós dois passos para frente com as mãos dentro do bolso de seu moletom preto.

— Está sozinha? - ele pergunta sem tirar seus olhos dos meus.

— Responda a minha pergunta. - respondo ríspida.

— Grossa. Vim ao seu encontro.

— Você é a Nayeon? Achei que fosse mais bonita.

— Agora sua vez... vamos, responda a minha pergunta! - ele da mais um passo e eu me mantenho parada.

Ainda temos uma distância segura. Eu conheço muito bem o joguinho que está tentando fazer.

— Estou.

— Boa menina! Para a sua informação, Nayeon nunca existiu.

— Então... quem falou comigo na ligação?

— Inteligência artificial, já ouviu falar?

Engulo seco. Somos apenas eu e Jungkook aqui, eu rezo para que ele ouça se eu precisar de ajuda.

— Já suspeitava. - dou de ombros. — O que quer comigo?

— Na verdade, eu quero você.

— Sendo direto assim? Aonde está o cavalheirismo? - ele solta um riso nasal com a minha fala.

— Seja uma boa menina e nada de ruim acontece com você. Pretende colaborar? - eu não respondo.— Tenho homens no topo daquele prédio com duas snipers apontadas para a sua cabeça.

Não me deixo levar pela sua manipulação, é óbvio que não tem. Tenho controlar minhas emoções assim como papai me ensinou na infância, não posso deixar o inimigo me ver em um momento de fragilidade emocional ou física.

Arrumo minha postura, coloco minhas mãos para trás de meu corpo e dou um passo para trás.

— Ordene que atirem.

Seu rosto não tem expressão, deixei Namjoon sem reação com apenas uma frase. Vejo o moreno engolir seco e tirar as mãos dos bolsos rapidamente como um ato falho. Ele não queria fazer isso.

— Anda! - exclamo em alto e bom som. - ORDENE QUE ATIREM.

— Você é louca.

Namjoon dá mais um passo à frente e eu rapidamente puxo a pistola do coldre o fazendo levantar os braços. Sua face demonstra manipulação e diversão com toda a situação.

— Parece que a vadiazinha sabe atirar. - ele é irônico com as palavras e revira os olhos.

Vadiazinha? A minha vontade é de largar esse pente em sua cabeça, mas me recordo das palavras de meu pai "aniquilar em último caso."

— Deita no chão. - ordeno e ele não obedece. - DEITA NO CHÃO!

Após meu grito sinto alguém cutucar meu ombro, viro meu pescoço o suficiente e vejo um homem com o dobro do meu tamanho que rapidamente me dá um soco fazendo meu corpo cair no chão. A arma é arremessada para o outro lado do estacionamento por conta da porrada.

ODIANDO TE AMAR | JUNGKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora