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"Não está bem"

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"Não está bem"

Já tinham se passado duas semanas, e felizmente tudo estava calmo, até demais

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Já tinham se passado duas semanas, e felizmente tudo estava calmo, até demais. Quase tudo tinha voltado ao normal. Agatha ainda estava aqui e não conseguira achar um trabalho. Sua mãe passava a maior parte do tempo fora, e Agatha cuidava de sua irmã quando ela não estava na escola.

— Você não falou mais com ela, sobre... — Mason chegou pulando no sofá.

— Sobre o quê?— O beijo, seu burro.

— Ah... não.

— Mas é burro mesmo — Mason deu um tapa na própria testa.

— Por quê?— Meu Deus, é burro. Você acha que ela não está pensando nisso?

— Hmm...

— É óbvio, né? Garotas são assim. Você a beijou e depois não falou mais nada. Ela deve até ter contado para a Maddy.

— O QUÊ?

— Pois é — Mason ligou a TV.

— O que eu faço?

— Sei lá. Hoje vamos ficar praticamente sozinhos. Teus irmãos também não vão estar.

— Eu tento conversar com ela

— Sim, mas cuidado com o tipo de conversa, né? E cuidado com a Maddy — ele riu.

Fazia muito tempo que eu não conversava com ela além de "Oi, tudo bem?". Coisas básicas, porque estamos na mesma casa e vejo ela todo dia.

— Vamos assistir a um filme? — Mason perguntou enquanto Maddy me olhava fixamente com Agatha ao seu lado.

— Claro — disse Maddy, forçando um sorriso para Mason.

— Tá bom... — Mason percebeu e me olhou, me avisando.

Cara, eu já percebi.

— Bora achar um filme, então — eu disse.

Já era 2:00 da manhã quando estávamos terminando de assistir. O celular de Agatha tocou e ela saiu da sala.

— Miguel! — Maddy pausou o filme.

— O quê? — olhei, já com medo.

— Fala sério, seu idiota. Você a beijou e depois dispensou?

— Eu não dispensei!!

— Claro, claro! Primeiro que você está mentindo para ela sobre tudo, do pai dela e dos códigos. Você me meteu nisso ainda.

— Fala mais baixo, Maddy! — disse Mason.

— E fez eu me meter na vida dela para saber mais sobre ela, sua família, sua história, seu passado — Maddy não deu ouvidos para Mason.

— E depois a beija e não fala nada?! Daqui a pouco vai machucar ela se descobrir que você mentiu, que idiota.

— Miguel... — Agatha apareceu, parecia ter escutado tudo.

Ela abaixou o telefone que estava em sua orelha e me olhou com lágrimas.

— Agatha, por favor — me levantei indo até ela.

— Me desculpa, Agatha — disse Maddy, também se levantando.

— Eu confiei em você.

— Gente — Mason falou, mas mal ouvimos ele.

— Miguel, eu confiei em você! Eu pensei que todo esse tempo você estava realmente falando a verdade.

— Agatha...

— GENTE!
— FALA
— FALA
— FALA

Todos falaram juntos e Mason finalmente conseguiu falar.

— Quem estava no telefone, Agatha?

— Sério, Mason? — falou Maddy.

— Minha mãe ligando para abrirmos a porta — Agatha falou rapidamente.

— Elas vão dormir na casa da Tia Erin, e sua mãe não estava com o celular.

— Ela deve ter pegado outro telefone — Maddy disse.

Eu queria desesperadamente dizer "Caramba, eu te amo, Agatha. Por favor, me desculpa," mas só conseguia olhar para ela, com suas lágrimas e sua expressão de decepção.

— ABAIXEM! — Mason gritou.

Tiros vieram de todos os lados. Nos jogamos no chão. Olhei para Agatha que fugia dali. Tentei ir atrás dela, mas havia muito tiro. Consegui sair dali, mas quando vi, pegaram ela. Estavam todos vestidos de preto e entraram em uma van preta.

— AGATHA! AGATHA!! — gritei

repetidamente, correndo atrás da van que já estava longe demais.Parei, olhei e caí de joelhos no chão, sentindo mais uma vez a perda de alguém. Mesmo sabendo que ainda poderia salvá-la, só queria chorar e gritar, então fiz.

Querida Mary, fui um idiota e magoei a garota que eu amo. Irmã... Não está nada bem.

 Não está nada bem

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SOLOS DE GUITARRA | Miguel Mora Onde histórias criam vida. Descubra agora