21²

27 2 1
                                    

2° TEMPORADA

"Junho 17 sumiço de Agatha Miller"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Junho 17 sumiço de Agatha Miller"

Junho 20 / Hoje

Quanto mais dias passavam sem saber de  Agatha, mais dias meus sonhos ficavam piores

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quanto mais dias passavam sem saber de  Agatha, mais dias meus sonhos ficavam piores. É como se eu não conseguisse aceitar nada daquilo, negasse tudo que estava acontecendo comigo, e não só agora, mas desde que minha irmã Mary morreu, tudo foi só negação e nada de aceitação, acho que é por isso dos sonhos todas as noites, queria que tudo fosse mais fácil, nunca vai ser.

— Miguel... — escutei a voz de Mason

— fala.. — me sentei na cama — notícias de Agatha?

— não... Mas os policiais acharam isso embaixo no colchão da Agatha — ele me entregou um caderno — vou deixar você sozinha — saiu e fechou a porta, abri o caderno médio preto.

Será se eu sumisse alguém perceberia? minha vida já tinha acabado no dia em que meu pai já não estava mais com a gente, então porque viver? Eu posso ficar com ele?..... Não posso né, será que Miguel sentiria minha falta? Eu posso viver mesmo não querendo? Essas perguntas feitas por mim mesma todos os dias.

Estava respirando fundo a cada frase escrita que eu lia,como estava a mente de Agatha todo esse tempo? Folhei as folhas é cheguei a uma parte que era minha? Era uma carta que estava dentro, abri, estava tudo escrito em vermelho.

Querido Miguel

P

rovável que eu nunca te dê essa carta, mas dá mesma forma, queria que soubesse que não é sua culpa, quando você me beijou e nunca mais falou sobre, vou admitir fiquei chateada, até uma vez sem querer achar uma folha dobrada no chão do seu quarto, eu abri.. estava chateado com você que estava nem aí, abri é me arrependi, estava falando sobre a sua irmã... Aquela que não está mais aqui, comecei a ler tudo sem saber como parar, você a amava tanto, você tinha medo de amar, ou ainda tem, você tem medo de se machucar ou machucar a pessoa, mas sei que você não seria capaz de machucar alguém, mas oque mais me fez chorar em toda aquela escrita foi: "irmã... Volta pra mim, me ensina amar como você amava,me ensina a como lidar com isso, não me deixe aqui desse jeito, não posso ter mais cicatrizes, não posso mais escondê-la, me ajuda" isso me machucou muito, por que uma vez meu pai me disse: "não esconda suas cicatrizes, isso faz você ficar mais forte querida" Miguel não esconda a suas cicatrizes a quais fazem você ficar forte, não tenho muito direito de falar disso, porque eu mesma escondi as minhas, mas não faz como eu, se liberte, por favor! E mais uma coisa se eu errar com você me perdoa tá, eu sempre vou querer seu bem, eu gosto muito de você.

Terminei de ler, e percebi que estava com lágrimas a cair no meu olho, não conseguia mais parar de derramar aquelas malditas lágrimas, olhei pela janela e era como se eu visse Mary pular e dançar pela grama enquanto chuvas forte estava a cair, apenas dançar com ela, eu queria, mas ela desapareceu, então eu vi minha mãe sentada no banco na chuva, desci e fui até ela na chuva, ela tava chorando, segurando... Meu colar o colar "lírios" a flor, a qual demos o significado para Mary

— mãe.... — ela me olhou enquanto dei minha mão para ela pegar

Então ela segurou,dancei com ela, até ver seu sorriso novamente no rosto, minha rainha não pode sofrer tanto, merece o mundo, mas o mundo tão cruel que prefira ser apenas minha, minha mãe que sempre esteve comigo

— eu te amo muito, mãe — ela sorriu com lágrimas voltando a voltar a cair a chuva já tinha parado.

— eu também te amo muito, filho.

SOLOS DE GUITARRA | Miguel Mora Onde histórias criam vida. Descubra agora