Alfredo colocou a carta sobre sua mesa enquanto terminava sua próxima matéria do dia, ele havia combinado com Mateus de quê chegaria em casa antes da chegada de sua amada. Os homens da redação o olhavam com bastante atenção naquele dia, estudando cada movimento de nervosismo dele.
Alfredo havia confirmado sua ida ao baile de máscara de Aurélia, mas talvez, não sozinho, o que gerou uma pequena confusão entre os seus amigos, os cavalheiros presente apostaram entre si quem o amigo levaria, piadas sobre sua ida constante a Europa rendendo alguns assuntos, sobre ele esconder a mulher de seus amigos. Mas Alfredo não adiantaria nada a eles, não se Leocádia não quisesse.
Ele passou seis anos escondendo os motivos de sua ida a Europa, para apaziguar mais os comentários e a falta que sentia do filho, ele um dia decidiu o levar consigo, mesmo tendo a completa certeza que Leocádia poderia odiar, tal conduta, o que foi inexplicável para ele quando os dois começaram a se dar bem, ao ponto de Mateus pedir para ficar.
Durante os meses que o filho passou na Europa Alfredo teve que arrumar um jeito de apaziguar o coração de Lúcia, que a todo tempo tentava saber mais sobre a ida do filho, ela sabia que Alfredo tinha alguém e que ele não séria tão irresponsável de deixar o garoto em mãos de um estranho. Quando Mateus retornou para casa maduro e cheio de histórias o coração de Lúcia se aliviou, a mãe até tentou arrancar algo dele sobre a vida de seu pai na Europa, mas o jovem sonhador não pode lhe dizer nada.
Alfredo foi sincero com Mateus sobre seus sentimentos, a situação que se encontrava, o pai parecia ter a situação sob total controle e embora ele tivesse que dividir a atenção dele com outra pessoa. Ele foi capaz de contar toda a verdade, que havia se apaixonado por uma mulher casada e mãe de um de seus melhores amigos Geraldo, foi nele que Alfredo pensou no momento.
Leocádia era a mulher que ele amava e Geraldo o amigo que seu coração escolheu, ele evitou conversar com a dama de cabelos ruivo sobre a vida de seu filho, afinal Geraldo era um de seus confidentes e a frustração de não ter um herdeiro após seis anos de casamento o deixavam mau na sociedade.
Pedir para Leocádia retornar ao Brasil em seu lado foi um convite que ele não poderia deixar de fazer, em uma de suas longas noite juntos, ela lhe perguntou sobre sua vida sem ela, sobre as mulheres, certamente Alfredo foi verdadeiro em lhe dizer que a única que ele queria não estava ao seu lado e prometeu que desde que estavam no navio, ela era a única.
A ruiva havia dominado seus pensamentos, seus toques, seu ser, ele não poderia pensar em outra que não fosse ela, Alfredo muitas vezes sentiu falta do calor, das conversas e da presença que a mulher lhe ofertava nos fim das noite da grande Europa.
Quando recebeu a carta de que ela desembarcará no Rio de Janeiro, o jornalista fez pedidos a sua serva Divina, pediu para encher a casa com rosas vermelhas e violetas, flores para alegrar sua recém chegada amada, ele não havia comentado de quem se tratava, somente pediu que a serva mantivesse descrição sobre a visita que esperava.
Ele sacudiu a cabeça quando um escravo se aproximou entregando lhe uma carta, Alfredo abriu para ler e se levantou pegando seu terno, Mateus o estava avisando que o navio desembarcará a pouco tempo.
— Alfredo. — Geraldo se aproximou do amigo.
— Estou de saída, vou aproveitar que hoje está calmo e ir para casa mais cedo. — Alfredo sorriu e apontou em volta pegando a carta sobre a mesa.
— Ora, ora mais não o vemos tão feliz desde sua última viagem. — Amaral se aproximou olhando eles.
— Mas que falta de decoro, dos senhores presentes. — Alfredo balançou a cabeça sorrindo.
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Depois do fim - A&L
FanfictionO que aconteceu após a viagem de Leocádia e Alfredo para a Europa? O que aconteceria se ela decidisse voltar depois de anos? Como séria a relação dela com seus filhos depois de tudo?