Capítulo 3 - "MINHA MULHER"

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Para a minha querida amiga Ruth, que fica me pedindo pra atualizar está, seja feliz amor, lhe desejo saúde e amor❤️🤞

O silêncio preencheu todo o ambiente do quarto que Leocádia estava, era o silêncio absoluto, que a ruiva usava como refúgio na maioria das vezes durante aqueles anos, ela sentia saudade do seu piano, de tocar e poder colocar nas teclas em sua frente tudo que estava sentindo. Ana bateu na porta pedindo licença e colocou a caixa de encomenda em cima da cama.

- Chegaram. - Ana suspirou.

- Isso é ótimo. - Leocádia se levantou com pressa indo em direção a caixa.

Ana abriu e tirou a máscara preta de dentro, certamente a patroa iria ao baile de máscaras de Aurélia.

- A senhora já decidiu que vestido vai usar hoje à noite? - Ana perguntou estendendo a máscara a ela.

- Certamente algum da França, mas ainda não sei, o que fazer.

Leocádia se sentou em frente ao espelho enquanto soltava os cabelos da trança que caíam sobre os seus ombros, um suspiro longo saiu de seus lábios e Ana se aproximou para tirar os grampos dos longos cabelos de sua senhora.

- Escute seu coração, nestes anos que esteve fora, ele não a decepcionou. - Ana tocou nos ombros de sua senhora - Irei preparar seu banho, tenho quase certeza que uma banheira de água quente lhe ajudará por algumas horas.

Leocádia assentiu ouvindo a porta atrás de si se fechar, um pequeno toque foi ouvido logo em seguida e ela se virou para ver quem era. Mateus havia acabado de passar pela porta do quarto e Leocádia se levantou de imediato.

- Com sua licença. Divina informou que já estava em casa, que chegou um pouco decomposta, vim saber se precisa de alguma coisa. - Mateus parou em frente a porta.

- Preciso de um pouco de sabedoria. - Suspirou o olhando - Seu pai séria ótimo neste momento.

- E quem sabe, talvez possa ajudá-la, sei que não sou meu pai, mas tentarei ser sábio como ele.

Eles se entreolharam e Leocádia se aproximou dele, tocou a face do rapaz em sua frente, ele era tão maravilhoso quanto qualquer rapaz no auge dos seus 18 anos.

- Não, você não é. Mas é tão bom quanto ele. - Sorriu o olhando.

- Então me diga.

Leocádia assentiu em sinal de aprovação.

- Está manhã fui até a rua do Ouvidor, quando estava caminhando vi minha filha com Júlia e tenho a leve impressão de que também vi minha neta. - Murmurou ela.

Mateus piscou, surpreso.

- E você não se revelou a elas? - Perguntou curioso.

- Não, não fui preparada para isto. - Sacudiu a cabeça respirando fundo se afastando - A menina se parece com Milla, os cabelos então, mas ela é tão...

Leocádia parou de falar ficando de costas para o jovem, suas bochechas ficaram um pouco mais rosadas, só de pensar em dizer algo sobre a cor da pequena menina na frente de Mateus, talvez isso o fizesse odiá-la. Ela não queria fazer comentário sobre isso e muito menos pensar.

- Mateus, eu não poderia dizer isso a você e sim a Alfredo, porque Alfredo não me julgaria, ele me entenderia ou pelo menos tentaria. Agradeço sua benevolência, mas eu não poderia. - Leocádia contorceu os lábios num pequeno sorriso desconfortável.

- O que me dirá que já não sei? Sei de tudo sobre você. - Indagou indo em direção a cama e pegou a máscara em mão.

- Nem tudo. - Suspirou erguendo os ombros e logo os baixou.

Depois do fim - A&LOnde histórias criam vida. Descubra agora