capítulo 23

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_Jasmine _

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_Jasmine _

Sabe quando a sua mente fica girando com várias perguntas? A minha tá assim no momento.

Mas invés de várias,é só uma, "o que teria acontecido se o Foguinho não tivesse chegado naquele momento?"

Eu não vou ser hipócrita de falar que nunca tinha reparado nela. A Lobo de fato é muito bonita,mas ao meu ver não tinha possibilidades.

Até dias atrás eu pensava assim,agora tô evitando até ter contato visual de tanta vergonha, parece que ela tá lendo meus pensamentos quando eu a olho,sabe?

Eu sinto o olhar dela sobre mim, mas finjo que contar quantos tijolos pode ter na parede é mais interessante.

Essa semana toda foi bem intensa, fiquei todos os dias aqui cuidando da Lobo, o Foguinho também ajudou muito, na maioria das vezes ele só dormia,mas tava dando ali com seu "apoio".

Fora isso,foi eu tentando ajudar ela a andar sozinha no andador, as poucos ela dava passos a mais que antes.

Também coloquei ela e o Foguinho para maratonar os filmes e desenhos da Disney comigo,eles mais perguntavam do que tentava entender.

Eu tentei fazer ela não fumar,mas é uma tarefa pras forças armadas, combinamos dela ficar essa semana só na maconha natural,sem prensado,e também sem cigarro.

O Foguinho também só fuma lá fora pra não atiçar a vontade da Lobo, mas eu até acho que ela ficou tranquila,pensei que seria pior.

A tia Juliene sempre chegava por volta das17h, o que era o combinado,mas eu e o Foguinho ainda ficávamos mais um pouco.

Ontem mesmo eu cheguei em casa ia dar 00:00hrs, eu sempre tento ir embora cedo,mas o papo com a tia Juliene me prende.

Hoje é sexta-feira e vamos levar a Lobo no postinho, ver como tá o desenvolvimento da recuperação.

Ela já consegue ter mais segurança da perna,mas percebo que o esforço de se levantar ainda dói pra ela.

O que é super compreensível,não faz nem uma semana direito que ela levou o tiro, o corpo tá se recuperando ainda.

Quem vai com ela sou eu e o Foguinho, A tia Juliene até queria falta no trabalho, mas a gente disse que dava conta.

Pedi pro meu pai mandar algum vapor trazer um carro. Colocamos ela dentro dele. Eu fui atrás com a Lobo e o Foguinho foi na frente com o outro vapor.

Como o postinho era aqui no morro mesmo,não demorou muito pra gente chegar, colocamos ela na cadeira de rodas e entramos.

Fui falar com a recepcionista pra saber se o doutor já tinha chegado,e pelo incrível que pareça sim.

_ele já chegou,agora é só esperar_ eu disse me aproximando deles.

_imagina se tu tem que ficar com isso mais uma semana_ o Foguinho disse pra Lobo.

_fala isso nem brincando,filho da puta.

_ coe minha parceira, ficar de marola em casa,só comida na boquinha, namoral,quero levar um de raspão também.

_você só fala água né,impressionante _eu falei sorrindo.

_assim tu magoa,patroinha.

_Natália Lobo_ouvimos ecoar pelo postinho.

Virei pra trás de mim, e vi que se tratava do doutor. Entramos na sala, O foguinho colocou a Lobo na maca com a ajuda do doutor.

_como foi essa semana de recuperação?_ o Homem mais velho perguntou.

_tranquilo até, fiz muita coisa não, tô doida pra tirar isso.

_ tomou os remédios tudo certo?

_tomei pô, não tô aguentando mais tanto remédio dentro de mim.

O doutor começou tirando o gesso da perna. Depois de tirar veio tocando no local,ele falou sobre a boa recuperação que ela teve, os pontos estavam muitos bons,tanto que uns já caíram sozinhos.

Ele dispensou o uso do gesso, e colocou a bota preta. Pelo que eu entendi, ela tá bem,a recuperação agora é mais pra ela ter domínio próprio da perna novamente,ter mais segurança ao andar.

Ele passou uma pomada pra ela usar toda vez depois de tomar banho, essa pomada vai ajudar a pele ficar firme de novo, pelo tiro, a pele ficou um pouco flácida na região, mas o doutor disse que com o tempo melhora e a pomada vai ajudar.

Ele não suspendeu os remédios, pelo menos não todos, ela vai continuar tomando mais 2 por uma semana,pra completar o tratamento.

Saímos da sala,e ficamos na recepção esperando o Foguinho que foi na farmácia aqui do lado comprar a pomada, aproveitei e liguei pra tia Juliene explicando o que tinha acontecido na sala, pelo tom da sua voz percebi a felicidade que ela ficou pela Lobo ter tirado o gesso.

O Foguinho chegou, fizemos todo o processo novamente de colocar a Lobo no carro,a cadeira de rodas no porta malas e fomos pra casa dela.

Deixamos ela no sofá enquanto eu fui esquentar o almoço que a tia Juliene já deixava pronto antes de sair.

Agradeci a Deus por ter dado tudo certo, pela recuperação dela ter sido boa. Deu até um certo alívio no corpo.

Ritmo do crime (romance sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora