Dália, filha do grande Uchiha Madara, está no Brasil com uma missão, encontrar o seu caminho. E em sua busca pela liberdade, Dália trilha caminhos conhecidos para os Uchihas.
O da morte.
Tomada por emoções assustadoras, Dália descobre no sangue o...
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Me and the Devil. Walking side by side
Me and the Devil - Soap&Skin
— Uma hora alguém vai me ver?
Dália soprou o cabelo, tentando o afastar do rosto.
— Ainda bem que você mora bem no meio do mato. — Gabriel deferiu alguns tapinhas na parte posterior da coxa dela.
— Que é bem afastada daqui.
Em busca de apoio, a menina tentou colocar os cotovelos sobre as costas deles, para manter a cabeça erguida.
— Ainda bem que exite uma coisa chamada carro, já ouviu falar, ou do bueiro de onde tu saiu não tem isso?
— Claro que não! — retrucou. — No Japão a gente usa uma coisa chamada teletransporte, só é peidar, que a gente já muda de lugar.
— Ahhhhh, então você vai gostar desse.
A visão parcial de Dália, lhe permitia acesso à parte traseira de uma caminhonete preta. Rodas sujas de barro, capota recolhida, e uma poeira fina, que tomava conta de todo o carro, se misturava com perfeição aos pequenos arranhões na lataria.
O rangido agudo da porta não provocou nenhuma reação na morena, que se quer se incomodou com a brutalidade do garoto, ao jogá-la de uma vez no carro, não lhe dando tempo para sair. O estrondo se fez no mesmo instante em que a cabeça dela paralisou.
— Oi, moranguinho.
Sempre grossa, a voz do seu pai nunca saia do maldito timbre ameaçador. Um que ela amava ouvir. Quando criança, imaginava que seu pai era o chefe de uma grande máfia, mal sabia ela que uma simples brincadeira era a mais pura realidade.
— Tá mais pra limão — a porta dianteira bateu com força. — E dos podres.
A pele morena se acomodava sem qualquer preocupação ao banco de motorista, enquanto os dedos nervosos tomavam o celular pendurado no suporte para si. Gabriel não só parecia confortável a presença de Madara, como deixava bem claro que não se importava com a nudez da menina.
— Desde quando você trabalha para o meu pai? — Indagou inquieta.
— Correção — o homem a encarou por cima do ombro —, eu ainda não trabalho para ele. Estou em fase de teste.
— E se saiu muito bem até aqui — Madara comentou com tranquilidade.
— Se achar essa rata no meio do mato foi um bom trabalho, vou repensar a minha entrada nessa gangue.
— Parece que você esqueceu que essa rata vale mais da metade do PIB desse país.
