| Capitulo 04 |

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—- Rick Povs

_Ela tem dificuldade em ficar sozinha, Rick. — Ele disse, seu coração partido em dois. — Deus... eu não consegui fazer com que os pais dela ficassem, e agora ela também se foi...

__Oh, por favor. — Eu disse, pegando a chave de fenda. — Na pior das hipóteses, ela está na prisão por ser mulher. — Revirei os olhos.

A verdade é que esse não foi o pior caso. Eu não queria PENSAR no pior cenário possível. Conheci a única pessoa quase tão inteligente quanto eu, e ela já roubou minhas coisas. Fiquei com medo de perceber que ela poderia estar morta.

__Ela é inteligente. — Eu disse, principalmente para mim mesmo. — Ela pode cuidar de si mesma.

__Rick, você não conhece minha neta como eu. — Ele balançou sua cabeça. — Seu maior medo é ficar em completo silêncio e ficar totalmente sozinha.

__Relaxe, podemos encontrar outra ela em outra dimensão. — Dei de ombros.

__Você está pensando em substituir minha neta?! — Ele gritou.

De repente, um portal verde se abriu e Rick Maligno apontou uma arma para a cabeça de S/n. Ele sorriu enquanto torcia o braço dela e a machucava nas costas, fazendo-a choramingar levemente.

Seu avô ficou parado, sem saber o que fazer. Talvez fosse o sangue escorrendo pela lateral da cabeça dela, talvez fosse o fato de ele estar dobrando o braço dela atrás das costas. Não importava o que fosse, mas isso me deixou incrivelmente chateado.

__Deixe ela ir. — Rosnei, apontando uma arma para ele.

__Por um preço. — Ele respondeu, dobrando ainda mais o braço dela, fazendo-a gritar de dor.

__Qual é o seu preço. — Eu rosnei.

__Eu quero o seu Morty. — Ele sorriu. Aquele maldito sorriso satisfeito.

__Rick não! — Ela gritou.

__Cale a boca. — Ele disse, tentando dobrar o braço dela, quase quebrando-o.

Só que ele não foi capaz. Ela o chutou nas bolas, agarrando a arma do portal com o braço ileso, e o chutou para um portal recém-formado.

__Oh! Graças a deus. — Suspirei de alívio.

__Graças a Deus?! Ela está quase morta, seu idiota! — Seu avô gritou.

__Eu não estou morta! — Ela gritou de volta para ele. — Sou melhor que isso, vovô. Sou melhor que papai. Sou melhor que você, e você está com tanto medo de admitir isso.

__Precisamos levar você para um hospital-

__Não. — Ela explodiu. — O que VOCÊ precisa fazer é me deixar tomar minhas próprias decisões na vida. Se eu não falhar, como diabos vou aprender?! Ah, tente me proteger do desconhecido, mas tudo que quero encontrar é o desconhecido .

__Por favor, vovô. — Ela disse, segurando seu braço. — Apenas deixe-me correr perigo, não preciso mais que você me salve de mim mesmo.

__Você é igualzinho ao seu pai. — Ele disse, com lágrimas caindo em seus olhos.

__Exceto que não vou acabar morto por causa de uma decisão estúpida que ele sabia que não funcionaria. — Ela disse com uma atitude forte.

__Desculpe, eu roubei. — Ela disse, me entregando a arma do portal.

__Ele te machucou?

"Só um pouquinho... — ela mentiu, enxugando o sangue com a camisa de mangas compridas.

__O que mais ele fez?

__Nada. — Ela mentiu novamente.

__S/N)... — Eu disse em tom de advertência.

     Ela corou e olhou para baixo.

__Ele me trancou... e mandou Morty me bater... — Ela parecia envergonhada. — E-eu pensei que ele precisava de ajuda... então tentei ajudá-lo, mas... ele me cortou com uma faca...

__Aquele filho da.. — Comecei, apenas para ela olhar para mim com olhos desamparados.

    Ela sentiu tanta vergonha, eu pude ver. Eu podia ver lágrimas se formando em seus olhos, seu avô apenas olhou para mim. Ela agarrou o braço enquanto choramingava de dor.

__Ele fez outra coisa com você, não foi? — Eu disse, ajoelhando-me ao nível dela.

    Ela balançou a cabeça negativamente, mas seus olhos brilharam sim com luzes de néon. Ela não quis me dizer o quê, mas juro por Deus se ele-

__Ele me bateu para descobrir onde você estava. Eu tive que quebrar sua arma de portal para que ele não descobrisse, mas ele ainda encontrou você... — Ela disse suavemente. — Sinto muito. Isso é tudo culpa minha... se eu não tivesse fugido-

__Garota, se aprendi alguma coisa na minha vida, é não assumir a culpa por nada. — Eu sorri. — Só para tirar uma soneca e criarei um soro curativo, certo?

     Ela assentiu com a cabeça e entrou na sala.

__Ela nunca é tão obediente comigo... — disse seu avô.

__Talvez ela esteja começando a confiar em mim.

__Depois daquela façanha que você fez esta noite?

__Eu queria testar uma teoria.

__E funcionou?

__Sim. — Eu ri. — Mais do que eu esperava.

__O que isso deveria significar...? — Ele perguntou, agora preocupado.

__Ela é mais esperta que você, possivelmente até mais esperta que eu, mano... — Comecei a rir. — E você pensou que ela iria ficar? Você honestamente acreditou que ela não iria fugir em algum momento? Você possivelmente tinha a única pessoa tão inteligente quanto eu, basicamente refém em sua própria casa.

__Ela tinha duas opções agora. Ficar dormindo e se curar ou acordar e correr. — Aproximei-me dele, colocando meu dedo em seu peito. — Eu sei como deve ter sido perder seu filho e sua nora, mas você não pode mantê-los com você para sempre.

__Rick, cuide da sua vida e cuide da maldita família. Se não fosse por você, ela não se machucaria. Então me faça um favor. — Ele disse, me empurrando de volta. — Cure-a e saia de nossas vidas."

__Certo. — Eu grunhi, pegando uma agulha de uma caixa.

Fui até sua figura adormecida, esfaqueando seu braço e injetando a poção na região.

__Permita-me. — Eu disse, pegando-a e entregando-a a ele.

__Com prazer. — Ele disse, saindo de casa.

"5...4...3...2..."

__Pai, o que foi esse barulho? — Beth perguntou.

__Acabei de convidar S/n e seu avô para um passeio no espaço. — Eu respondi, tomando um gole da minha garrafa. — Não se preocupe com isso.

_C-Certo.. — ela respondeu.

Siga-me (Rick Sanchez x Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora