A escrava sexual

Medo

Voldemort estava morto, mas, ao contrário do que todos pensaram, a guerra não acabou. Comensais da morte conseguiram fugir de Askaban e outros, que não tinham a marca negra antes, se juntaram a eles, inconformados com os novos rumos do Ministério.

As leis que mais causaram a revolta das famílias tradicionais foram as que beneficiaram os nascidos trouxas e as criaturas mágicas com vários direitos que eles não tinham antes. Matar um unicórnio passou a ser crime inafiançável e imprescritível. Os elfos domésticos ganharam direito a salário e benefícios que antes não tinham e os bruxos foram proibidos de caçarem impunemente criaturas mágicas.

As cláusulas abusivas dos contratos entre os puro-sangue foram abolidas e o casamento arranjado foi proibido. Mas o maior problema foi quando aprovaram uma lei para taxar as grandes fortunas das famílias antigas, cobrando impostos maiores para eles.

O número de revoltados era muito grande e o Ministério perdeu o controle. Alguns grupos se rebelaram, se recusaram a aceitar as novas leis e se uniram aos antigos comensais da morte a fim de desafiarem o Ministério.

Harry, Ron e Neville se tornaram aurores e tentavam a todo custo coibir as revoltas. Alguns anos de caos e confusão se passaram. As propriedades de vários sangue-puro foram confiscadas, inclusive a mansão Malfoy. Narcissa Malfoy adoeceu de desgosto e acabou morrendo na mansão um dia antes de perder a propriedade. Lucius Malfoy foi morto num confronto entre comensais da morte e aurores. O único filho deles, Draco, uniu-se a um grupo de revoltados a fim de retomarem o poder.

Os sequestros ficaram frequentes. Todos os nascidos trouxas andavam com seguranças armados. Hermione Granger não era exceção. Ela tinha muito medo dos casos de estupro que estavam crescendo muito nos últimos tempos. Nunca saía sozinha. Mas, um dia, ela caiu numa emboscada a poucos quarteirões do Ministério. Os seguranças se distraíram e ela foi pega por um grupo de rebeldes.

- Essa amiga de Potter vale um bom dinheiro. Disseram que vão pagar muito bem por ela! Vai ser a refém mais cara que já apanhamos - comemorou o comensal que a pegou. - Será vendida como escrava para o chefe.

Hermione esforçou-se para tentar descobrir quem era o chefe enquanto era arrastada pelos sequestradores junto com outros reféns que ela não conhecia. Ouvindo atentamente as conversas, ela acabou encontrando algumas pistas e acabou entendendo que o chefe a quem a venderiam seria o lobisomem Fenrir Greyback

Greyback já a tinha assediado durante a guerra. Ele pedira a Bellatrix que a desse para ele depois da tortura. Não houve tempo. Eles conseguiram fugir, Harry matou Voldemort e Bella foi morta pela senhora Weasley. Fazia muito sentido que Greyback pagasse um preço especial por Hermione.

Ela procurou atentamente uma forma de fugir. Ao contrário do que esperava, eles aparataram numa vila com centenas de barracas armadas. Foi recebida por Theo e Zabini, ex-sonserinos.

- Assim que possível, nós a entregaremos ao chefe. - disseram eles ao pagarem o dinheiro que os sequestradores exigiram por ela.

Eles confiscaram a varinha dela e fizeram alguns feitiços para impedi-la de conseguir sair das fronteiras do povoado. Mas não a machucaram, nem a amarraram.

Hermione aguardou o seu destino. Quando Greyback chegaria? Quanto tempo ela aguentaria ser estuprada pelo lobisomem antes de morrer?

Estava tão desesperada que não conseguia chorar.

Tentou pensar numa maneira de se libertar e demorou a perceber que o povoado era muito bem organizado e que a quantidade de bruxos e bruxas que estavam dispostos a desafiar o Ministério era muito maior do que ela imaginava.

Theo a levou para uma mesa de frutas, pães e biscoitos e disse que ela poderia comer o que quisesse. Não a tratou mal, mas também não a tratou bem. Hermione pensou rapidamente: haveria uma maneira de manipular Theo para que ele a deixasse fugir? Ela faria qualquer coisa para escapar das garras sujas do lobisomem, inclusive enganar, mentir, roubar.