Meus pais me convenceram a ir ao hospital e lá estávamos nós...eu e ele,ou melhor Eu e o cara que eu tinha ficado....não pode ser,não pode,não pode
Um pensamento começou a martelar minha cabeça e quanto mais eu pensava,mais tensa eu ficava
Tá tudo bem?-perguntou ele olhando minhas mãos trêmulas
Não,não tá nada bem-falo e ele assente. Não é possível que em apenas uma ficada e eu ja.....porra
Chegamos ao hospital,olho o celular e ainda são 08:48. Mioto desce do carro e não consigo me mover,sinto lágrimas descerem no meu rosto com uma mistura de preocupação,medo e mais medo.
Ele olha para trás,notando minha ausência e volta para abrir a porta pra mim. Imediatamente desco do carro evitando qualquer contato com ele por mais que ele provavelmente seja pai do meu filho.....QUE FILHO???? ESTOU PARANÓICA
Oque foi?-diz ele se referindo as minhas lágrimas. Não respondo. Entro na clínica e faço meu cadastro e nunca fazendo contato visual....
Ana Flávia,não podemos ficar assim,eu não tenho culpa de me preocupar com você.-ele fala e outro nó em minha garganta se forma
Gustavo,eu só quero que você entenda que não quero nada entre a gente,muito menos falar sobre meus sentimentos com você.-termino de falar e um silêncio ente nós fica tenso e vergonhoso.
Desculpa-digo imediatamente e sem nenhum motivo ele me abraça.
Esse abraço foi como uma luz no fim do túnel,nunca me senti tão confortável e com o coração quentinho. Mas eu não posso me sentir assim,não,não,não posso!Tá tudo bem,estou aqui.-ele fala acarênciando meu cabelo preso em um coque.