389 69 44
                                    



JK


— Erga-o!

Obedeci ao comando e puxei os cabelos do homem, erguendo sua cabeça da água.

— Argh, eu não sei! Eu juro, pelo amor de Deus!

— Tem certeza?

— Eu juro... ju-juro que não sei de nada!

O mais velho acenou para mim, e eu empurrei o homem de volta para a água, que agora estava misturada com espuma e urina. Seus esforços para se livrar de mim eram inúteis. O alfa que assistia à cena tirou um cigarro do bolso, acendeu-o e se apoiou na pia do banheiro.

— Ele realmente sabe alguma coisa? – perguntei.

— Só ele tinha acesso privilegiado às informações.

— Ok, então vamos fazer do meu jeito agora.

Levantei-me e puxei o homem nu para fora da banheira. Ele se debatia, tentando se livrar da minha mão que segurava firmemente seus cabelos compridos.

— Droga, molhou meu terno.

— Eu te avisei que vir trabalhar com essa roupa não era uma boa ideia – falei, arrastando o beta pelo chão de madeira de sua bela casa.

— Tenho um encontro mais tarde.

O som dos pés descalços do beta batendo no chão enquanto eu o arrastava pelo corredor era abafado por seus gritos desesperados. Adentramos sua cozinha ampla, onde um grande balcão de mármore conferia um ar de modernidade e estilo. Soltei o homem molhado no chão; ele tentou fugir, mas foi impedido pelo pé do alfa à frente, que o imobilizou, pisando em sua cabeça com o sapato social de couro. Joguei todos os utensílios de cozinha no chão, deixando a pedra totalmente livre para trabalharmos.

— É o Seokjin?

— Ele mesmo.

O mais velho ergueu o homem esguio do chão, colocando-o sobre o balcão com facilidade, enquanto ele se debatia, tentando se livrar das mãos do outro alfa. Comecei a procurar algo divertido dentro das gavetas dos armários.

— Ele parece ser um ômega interessante.

— Não só interessante, como atraente também.

Ao abrir a última gaveta, encontrei um martelo de amaciar carne. Um sorriso brincou em meus lábios, e eu o peguei, girando-o de forma divertida nas mãos. Assim que me virei, os olhos chorosos do beta repousaram sobre o utensílio que girava em meus dedos.

— Por favor... não...

Aproximei-me do balcão onde seu corpo trêmulo repousava e me inclinei, apoiando meu rosto em uma das mãos até meus olhos se encontrarem com os dele.

— Está tudo bem, não chore. Apenas nos diga o que precisamos saber, e tudo se resolverá...

— Eles vão me matar...

— A pessoa diante de você neste momento, ameaçando quebrar todos os seus ossos com um martelo, sou eu, e não os outros. Trataremos dos problemas um de cada vez.

— Eu não posso...

Sorri de forma compreensiva antes de puxar sua mão, estendendo-a sobre o balcão. Com um movimento rápido, desferi uma martelada brutal em seu braço de pele branca e delicada. O estalo seco de ossos se partindo encheu o ar enquanto a carne cedia, expondo o osso branco e irregular. Ele soltou um grito desesperado, que reverberou pelas paredes da cozinha.

SerpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora