𝐑𝐄𝐅𝐋𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 | ᶜʰᵃʳˡᵉˢ ˡᵉᶜˡᵉʳᶜ

𝐓𝐑𝐄𝐂𝐄

[ REAL LIFE ]

O QUARTO DO GABO está excepcionalmente vazio, este normalmente era o ponto de encontro de muitos jogadores da Argentina e então o número 16 deixava sempre a porta aberta. A maioria dos jogadores estavam com as suas famílias ou a fazer turismo com os amigos. Enzo e Max, no entanto, decidiram gastar o tempo livre se envolvendo em duas palhaçadas habituais.

— Devolva, Max! — exclamou Enzo, agarrando-se desesperadamente à consola que ele estava segurando acima da cabeça.

O Max riu com um brilho travesso em seus olhos.

— Venha buscá-lo se puder! — ele provoca, segurando a consola fora do alcance do outro.

Com um suspiro determinado, Enzo se lançou na direção do piloto, mas este se esquivou facilmente.
O jogador evitou por pouco bater numa mesa próxima, girando para enfrentá-lo novamente, os olhos castanhos se estreitam e viu o sorriso do outro se alargar. Max, claramente, estava gostando daquilo.

Enzo tirou um momento para recuperar o fôlego e depois se lançou novamente para ele. Desta vez, o jogador estava pronto para a trapaça dele. Os seus dedos emaranham no cabelo loiro e tentou puxar para baixo, tentando igualar o nível de estatura.

— Isso dói! Seu pequeno... — Max falou até Enzo interromper puxando o cabelo com mais força.

— Dê-me a consola! — exigiu Enzo, dizendo cada palavra com um puxão de cabelo dele.

— Não irei! — rosnou Max brincando, sua mão livre agarrando a gola da camiseta do outro.

Os dois lutaram, não querendo dar uma pausa. O Enzo estava a segurar firmemente no cabelo do piloto, enquanto este agarrava a camiseta do adversário, o tecido esticando precariamente. O jogador se torce e se vira, lutando um contra o outro em uma exibição cómica e exuberância juvenil.

Antes que Enzo pode-se reagir, Max se lançou em direção dele, e mal conseguindo se esquivar do caminho, risos borbulhando pela sua garganta. Os dois acabaram em um monte emaranhado no chão, cada um tentando ganhar a vantagem.

É uma visão ridícula: o argentino com um punhado de seus cabelos lisos claros, e ele com a mão torcida na camisa, ambos lutando para não começar a rir. Nesse momento, a porta do quarto se abre e Gabo entra. Ele congelou, de olhos arregalados enquanto entrava na cena.

— Oh...desculpe... — Gabo gagueja, suas bochechas ficando vermelhas a cada palavra dita. — Eu não queria interromper... seja lá o que se está a passar...

Enzo liberou rapidamente o cabelo de Max, seu rosto esquentando.

— Não é o que parece... — desabafou o moreno, lutando até com os próprios pés. — Não, estávamos apenas...