𝐕𝐄𝐈𝐍𝐓𝐈𝐓𝐑𝐄́𝐒

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[ REAL LIFE ]

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[ REAL LIFE ]

APÓS DE DESCOBRIR A VERDADE sobre Leo e o segredo do filho que lhe foi ocultado, Gabo entrou em um período de turbulência emocional. A traição do irmão mais velho, alguém em quem sempre confiou, abalou profundamente sua confiança e estabilidade. Ele se sentia isolado, traído e incapaz de processar a raiva e a dor de maneira saudável.

Sem saber como lidar com os sentimentos avassaladores, Gabo começou a buscar alívio temporário nas festas e na bebida. As noites tornaram-se um refúgio para esquecer os problemas, um escape do mundo que parecia cada vez mais sufocante. Ele passava de festa em festa, sempre cercado de pessoas, mas se sentindo terrivelmente solitário.

Seus amigos perceberam rapidamente a mudança. Todos notaram que ele estava mais ausente, suas respostas eram curtas e sem vida, e o brilho usual em seus olhos havia desaparecido. As tentativas de alcançá-lo eram recebidas com resistência ou desculpas apressadas. O argentino evitava encontros com o grupo, preferindo a companhia de estranhos em lugares barulhentos.

A porta do quarto do hotel se abriu com um rangido lento e agoniante. O jogador entrou, cambaleando e tentando se apoiar na parede. O corredor estava mal iluminado, mas a luz que vinha da janela do quarto revelou seu estado deplorável. Ele tropeçou no tapete, quase derrubando um abajur, mas conseguiu se equilibrar antes que o estrondo acordasse Lorenzo, que dormia serenamente na cama ao lado.

Charles estava sentado no sofá, observando cada movimento desajeitado de Gabriel. Seus olhos, normalmente cheios de admiração e carinho, estavam agora carregados de choque e desapontamento. Ele havia passado as últimas duas horas esperando por Gabo, preocupado com o rumo que as coisas haviam tomado desde que a verdade sobre Lorenzo veio à tona.

— Gabo, o que há de errado com você? — Charles perguntou, levantando-se rapidamente e caminhando em direção a ele. A incredulidade em sua voz era palpável.

Gabo ergueu a cabeça, seus olhos meio fechados pela embriaguez. Ele tentou abrir um sorriso, mas o resultado foi apenas uma careta triste.

— Eu... estou bem, olhos lindos. — ele respondeu, suas palavras saindo arrastadas e quase incompreensíveis.

— Isso não é estar bem. Eu te conheço! — Charles rebateu, o tom da voz oscilando entre preocupação e frustração. — Você está se destruindo. Esse não é você!

— O que você quer dizer? — perguntou o argentino, ainda muito tonto e com os olhos fechados.

— O que você está fazendo? Não saindo deste quarto de hotel de dia e indo para festas de noite, se afastando de todo o mundo e desde quando você começou a beber tanto?! Eu não vou ficar aqui assistindo você se afundar.

Gabo deu de ombros, tentando se afastar de Charles.

— Eu só precisava de um tempo para... esquecer. — ele murmurou, mas Charles não deixou passar.

𝐑𝐄𝐅𝐋𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 | ᶜʰᵃʳˡᵉˢ ˡᵉᶜˡᵉʳᶜOnde histórias criam vida. Descubra agora