Bebidas de Cereja & Atrações Mútuas

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— Aula de música contemporânea é um saco

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— Aula de música contemporânea é um saco. — assumiu Sehun enquanto atravessava o campus da faculdade com Jongin, Baekhyun e Suho. Os três certamente são inseparáveis, irmãos de placentas diferentes.
— Eu gosto. — assumiu Suho enquanto se esticava — Me sinto aqueles velhinhos que escutam música clássica em disco de vinil.
Sehun suspirou. Sentia que, certamente, sua vida estava muito parada em todos os quesitos, principalmente quando se tratava de relacionamentos amorosos. Queria de alguma forma apertar um botão para que sua vida do ensino médio voltasse, apenas para viver tudo novamente só que com a mentalidade que possui agora.
Seu olhar parou em um homem alto, que vestia uma jaqueta jeans e possuía cabelos descoloridos. Parecia um anjo de tão que angelical aparentava ser sua aparência.
Não sabia explicar, mas era como se aquele loiro estivesse lhe puxando com uma força sobrenatural, fazendo sua mente dizer diversas e diversas vezes que ele tinha que ser seu. Independentemente de qualquer coisa.
— Ele é Steve. — Jongin sorriu, batendo no meu ombro — Do departamento de química. Fecha a boca pra não babar.

1 - I
Bebidas de Cereja & Atrações Mútuas

"O mundo está cheio de coisas contraditórias" pensei.
É contraditório um futuro psicólogo, prestes a se formar, tendo problemas para dormir e mal indo procurar um diagnóstico com outro profissional. Junto com os um milhão de transtornos acumulados na cabeça: esse sou eu. Afinal, eu mesmo posso dar meu próprio diagnóstico, mesmo tendo 99% de incerteza. Porém, é indiscutível que tenho insônia grave e ansiedade, o combo perfeito para alguém ter um colapso a qualquer hora.
Minha mãe disse certa vez "Suas olheiras estão fundas, Chanyeol. Você precisa se cuidar o quanto antes, como será psicólogo desse jeito? Olha esse cabelo!", um dos seus clássicos ataques de preocupação misturados com seus próprios gostos. Ela está certa, tenho olheiras fundas e cabelo bagunçado, mas nada que um corretivo e um bom cabelereiro resolva esse descuido.
Sentei na beira da cama, pensando nos milhares de convites que teria que entregar pela cidade; todo o ano a universidade faz um festival para arrecadar dinheiro para os alunos realizarem sua formatura, e eu, como um bom aluno, devo fazer o que todos os alunos fazem, que é ajudar a organizar o festival da nossa tão querida universidade. Eu juro que isso não contém ironia.
Agarrei meus óculos da cabeceira, caminhando ate o banheiro e tomando um banho rápido. Vesti um suéter preto, calças jeans e meu par de all-star preto, descendo as escadas e colocando meus óculos.
— Bom dia Nyny. — disse meu pai, sorrindo.
— Dormiu direito? — perguntou minha mãe, me fazendo fazer careta. Mal preciso responder se dormi direito ou não.
— Estou com fome. — assumi, roubando dois waffles e agarrando o pote de mel.
— Você sempre está com fome, não é? — disse minha mãe, me fazendo assentir com a cabeça e sorrir de boca cheia.
— Nyny, vou precisar da sua ajuda para finalizar alguns vasos. — disse meu pai, comendo meio apressado — Os vasos que fizemos da última vez foi maior sucesso.
— Espero que não tenha aparecido aqueles homens que compram e vendem por mais caro — disse minha mãe, apontando a xícara de café para meu pai, como se fosse jogar nele a qualquer momento — eles roubam todo seu crédito. Não esqueça que sua esposa é advogada.
— Por isso eu amo minha mulher advogada. — ele sorriu, selando os lábios sob batom vermelho da minha mãe — Porém, ainda temos um carro só. É melhor nos apressarmos. Nyny, quer carona?
Recusei com a cabeça.
— Vou de bicicleta. Tomem cuidado.
Eles assentiram, acenando com a mão e caminhando apressados até a porta. Terminei meus waffles rapidamente, pegando as chaves e saindo de casa, agarrando o guidão da minha bicicleta e dando partida.
Sempre tive a sensação estranha de estar sempre incomodando todo mundo. Sempre recuso gentilezas, como a carona dos meus pais, mesmo eles sendo meus próprios pais e – mesmo – a universidade sendo caminho ao escritório da minha mãe. Prefiro fazer tudo por mim, sem depender de alguém, e as vezes fica até melhor.
Porém desejo uma carona agora. Acho que esqueci que tenho insônia e estou andando de bicicleta.
Estacionei a bicicleta em um poste, caminhando pelo campus verde da universidade. Semicerrei meus olhos a procura de Jaehyun e Johnny, mordendo meu lábio ao pensar que havia aparecido cedo demais.
Me assustei com o ronco da moto de Johnny, que carregava ele e Jaehyun, estacionando quase que ao lado da minha bicicleta. Observei ambos retirarem os capacetes, balançando a cabeça para arrumar o cabelo: eu sou completamente o oposto das minhas amizades, tanto em aparência quanto em popularidade. Sou apenas Park Chanyeol.
— Uau, chegou cedo hoje. O que está acontecendo? — pergunto Jaehyun, Revirei os olhos.
— Só quero acabar com isso de uma vez. Por que se formar aqui é tão trabalhoso? Eu não aguento mais.
— Ah, se você tiver dinheiro o suficiente, não vai ter que ficar entregando convites nesse fim de mundo. — disse Johnny, me entregando a caixa de convites. Puxei um:

Esculpindo Você [hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora