INVESTIGAÇÃO CRIMINAL: ELE ACENDE O FOGO NA NOITE ETERNA [BL]

Capítulo 58

A porta do quarto foi arrombada, e dentro da casa úmida e escura estavam duas pessoas. Nadan, quase por instinto, olhou na direção onde Wen Leng estava.

Ele fixou o olhar no homem que se levantava da cama. Após anos de separação, busca e saudade, incontáveis noites de reviravoltas na cama, até este momento, o impacto de ver aquela pessoa diante de si era muito mais forte do que ele imaginava.

Nadan mal conseguia dar um passo à frente. A escuridão da noite escondia suas expressões, proporcionando-lhe um pouco de alívio. Ele não podia perder o controle na frente de seus subordinados, nem queria demonstrar muita emoção a Ayun. Ele não tinha certeza de seus sentimentos na época e agora estava ainda mais receoso de assustá-lo.

Nadan se controlou, com o tempo parecendo passar lentamente, quase como se estivesse parado naquele quarto em ruínas.

A escuridão do quarto também escondia a expressão de Wen Leng, impedindo Nadan de ver os olhos que o fitavam da beira da cama. Não sabendo o que Wen Leng sentia, Nadan se acalmou, dando-lhe tempo para ajustar suas próprias emoções.

Logo, ele fez um sinal para seus subordinados levarem Ren Kai para fora da casa. Seu vice rapidamente ordenou que amarrassem Ren Kai e o levassem, fechando cuidadosamente a porta bamba ao sair.

Agora, no quarto manchado e escuro, Wen Leng estava sozinho diante de Nadan.

Ele se levantou calmamente, e Nadan, que estava a poucos passos de distância, avançou até ele, forçando Wen Leng a recuar até a janela.

Nadan parou de se mover. Ele baixou a cabeça, usando a luz fraca de fora para olhar Wen Leng da cabeça aos pés, sem deixar passar um fio de cabelo.

Wen Leng sabia que haveria um momento de encontro. As histórias e explicações que ele havia ensaiado estavam na ponta da língua, mas ao olhar para Nadan, ele teve uma forte sensação que lhe disse para não falar.

Seu coração começou a bater descontroladamente, e sua respiração ficou ofegante. Wen Leng percebeu que seu corpo estava começando a escapar de seu controle. Desde sua ressuscitação, ele só havia sentido isso logo após acordar.

Wen Leng decidiu não falar.

Nadan, que não tirava os olhos dele, percebeu a estranheza de Wen Leng e, com alegria, o abraçou abruptamente. A força do impacto fez Wen Leng perder o equilíbrio. Ele tentou se firmar, mas foi puxado para o abraço de Nadan, cujos braços apertavam cada vez mais, dificultando sua respiração.

Wen Leng desistiu de tentar escapar. Ele fechou os olhos, sentindo novamente algo estranho fluir dentro de seu corpo. Tentou agarrar essa sensação e, seguindo seus instintos, abraçou Nadan com braços trêmulos.

Nadan, que o abraçava, relaxou um pouco as costas tensas, mas continuou segurando-o firmemente. Ele murmurou no ouvido de Wen Leng: "Você não sabe... você não sabe..."

Wen Leng não sabia o quê, mas Nadan não disse mais nada.

Depois de um momento, Wen Leng se afastou e perguntou em voz baixa: "Não precisa me revistar primeiro?"

Nadan sorriu e estendeu a mão para tocar entre a cintura e as pernas de Wen Leng, que se esquivou.

Nadan balançou a cabeça. "Ayun, você ainda é o mesmo, não gosta de ser tocado. Às vezes eu me pergunto se você realmente gosta de homens."

Wen Leng não disse nada. Desde que chegou a Pachin, as memórias do passado começaram a ressurgir, e ao ver Nadan, isso se tornou ainda mais intenso, completamente fora de seu controle. Wen Leng precisava de toda sua concentração para lidar com as imagens confusas em sua mente e se focar no mundo real.