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Min Na-yeong~

—CHAN, CUIDADO!!

Grito desesperada assim que avisto Paulo andando silenciosamente atrás de Chris. Como um predador prestes à atacar. Bastante sangue escorre da cabeça dele, que manca, claramente sentindo dor. Mas isso não parece o impedir. Um enorme pedaço de cano de metal está em suas mãos, pronto para atacar.

Olhando em seus olhos, arrepio-me ao lembrar. Ele olhava desta mesma forma para minha mãe quando estava prestes a agredi-la. Olhou para ela com esse mesmo olhar pouco antes de esfaqueá-la.

Por sorte Chris é ágil, virando-se de forma rápida em direção à ele. De forma delicada, ele me empurra para longe, mantendo seus olhos naquele monstro.

Afasto-me, com medo. Não de me machucar. Mas com medo de que Chris se machuque. Medo de algo acontecer com ele.

Mas por sorte, mesmo Chris estando machucado, Paulo parece estar mais debilitado. Chan arranca o metal das mãos do mais velho e parte para cima dele com socos, tentando imobilizá-lo, mas Paulo é forte, mais do que eu gostaria de admitir.

—NA-YEONG, LIGA PARA A POLÍCIA!! - Chan grita para mim enquanto joga em um rápido movimento o telefone dele para mim

Com um pulo, consigo pegar o smartphone sem que ele caia no chão. Chris continua lutando com o homem enquanto eu ligo o celular e coloco no telefone, logo discando 112, o número da polícia.

Ansiosa, batendo os pés no chão e andando hora ou outra, aguardo atenderem o telefone.

—Atende… atende…

—Alô, polícia de Seoul.

—Oi, finalmente! - eu falo aliviada, lágrimas marejando meus olhos - Preciso da ajuda de vocês! Fui sequestrada, não sei onde estou, mas o meu sequestrador está aqui, lutando com o meu namorado!

—Okay, primeiramente, qual seu nome?

—Na-yeong. Min Na-yeong.

—Estou em ligação com Min Na-yeong,  a garota desaparecida há mais de um mês!!! - ouço o homem gritar do outro lado da linha; consigo ouvir um grande alvoroço do outro lado logo após a fala dele - Fique tranquila que iremos enviar viaturas da polícia imediatamente. Vamos rastrear este telefone. Sabe mais ou menos o lugar em que está?

—É… um galpão enorme e abandonado.

—Okay, as viaturas da polícia chegarão aí em poucos minutos! Aguente firme. 

A ligação é encerrada, e quando volto meu olhar para os dois lutando, vejo que Paulo está se cansando. E com um chute na traquéia, Paulo cai desmaiado no chão.

Conseguimos.

Derrotamos Paulo.

—Ele nunca mais vai encostar um dedo em você princesa, não vou permitir. - Chris fala ofegante, sorrindo com dor para mim

Mesmo debilitados, eu e Chris colocamos Paulo na cadeira que eu estava sentada e prendemos suas mãos para trás fortemente com alguns lacres que lá havia, fazendo da mesma forma com suas pernas. Ele acordando ou não, ele não vai se soltar.

Eu e Chris nos olhamos e com um suspiro, caímos sentados e abraçados no chão. A adrenalina aos poucos diminuindo em nosso sangue. A força que mal tinhamos se esvai, deixando-nos ofegantes e caídos no chão.

Tentando recuperar nossa força e fôlego, eu e Chan permanecemos abraçados por longos minutos. Ouvimos o barulho da sirene da polícia e eles entrando rapidamente no local, mas não temos força para nos mexer. Não conseguimos.

Love is the cure - Bang ChanOnde histórias criam vida. Descubra agora