↳ Capítulo 06༉

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"O vício é a marcade toda história de amorbaseada na obsessão"

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"O vício é a marca
de toda história de amor
baseada na obsessão"

- Elizabeth Gilbert

Taehyung se deixou cair pesadamente no sofá de sua sala, afundando-se no estofado macio que parecia abraçá-lo. Na mão, segurava uma xícara de café recém-preparada, cujo aroma robusto e quente preenchia o ar ao seu redor. Com o controle remoto na outra, começou a percorrer os canais da televisão, sem realmente prestar atenção a qualquer coisa específica, passando por programas de culinária, noticiários, filmes antigos e séries de comédia, sem se fixar em nenhum deles por mais de alguns segundos. Hoje, fazia-se o quinto dia de suas tão merecidas férias. Acordara tarde, se livrando do som irritante do despertador, que costumava marcá-lo como o início de mais um dia de trabalho exaustivo. O silêncio da manhã preguiçosa era uma bênção, e se permitira ficar na cama por mais tempo, apenas ouvindo o cantar dos pássaros e o sussurro distante da cidade despertando lentamente.

Sentado ali, sorveu um gole do café, sentindo o líquido quente escorregar por sua garganta, trazendo uma sensação de conforto. Tentava com todas as suas forças, ignorar o turbilhão de pensamentos que insistiam em cercá-lo. Havia uma constante inquietação, uma mistura de sentimentos confusos e incômodos que não conseguia afastar por completo. As lembranças de eventos recentes, especialmente as interações intensas com Jeon, assombravam-no, mesmo quando tentava se concentrar em algo tão trivial quanto escolher um programa de TV.

Os dias de descanso haviam sido uma fuga bem-vinda, mas estava ciente de que não podia ignorar seus sentimentos para sempre. Cada canal que pulava parecia refletir um fragmento de sua mente dispersa, sem foco e sem direção. Suspirando, colocou o controle remoto de lado e permitiu que a xícara de café descansasse em sua perna cruzada.

— Talvez eu devesse voltar a pintar — Murmurou para si mesmo, olhando para a tela da televisão que agora exibia um documentário sobre arte renascentista. A pintura sempre fora sua forma de escapar, de colocar para fora o que não conseguia expressar em palavras. Talvez fosse o momento de enfrentar seus demônios de frente, ao invés de fugir deles. Com um último gole do líquido levemente amargo, desligou a TV, decidido a deixar seus pensamentos fluírem sobre uma tela em branco, na esperança de encontrar alguma paz em meio ao caos que o rodeava.

Sentando-se diante de seu quadro, os pensamentos giravam em sua mente enquanto começava a pintar. A tinta laranja se espalhava suavemente pelo tecido, criando formas abstratas e intensas que refletiam o tumulto interno que sentia. A cada pincelada, se lembrava das mensagens e dos conselhos que recebera de Jimin e Yeri. Park, sempre tão vibrante e cheio de vida, tinha voltado de Paris com suas histórias encantadoras de desfiles e aventuras. Mas, por trás de seu entusiasmo, demonstrava uma preocupação sincera consigo, assim como a garota, que também não escondia sua inquietação.

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