Prólogo

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Shikamaru Nara

Eram sete da manhã e tive que sair às pressas de meu apartamento sem ao menos me alimentar, certamente não estava com bom humor. Meus colegas entenderam isso no momento em que cheguei ao Departamento, falaram apenas o necessário e não tentaram puxar conversa fiada como sempre fazem. Não sou uma pessoa nervosa, muito pelo contrário, sou até calmo demais. Mas, quando finalmente peguei no sono depois de semanas sem dormir direito, fui convocado. 

Sei que é meu trabalho e que meus colegas não têm culpa disso, porém ainda me incomoda ter que acordar tão cedo. De qualquer forma, tenho que cumprir com meu dever. Peguei minha viatura e parti em direção ao interior de Oakland. 

— Mitsashi e Miller, preparem os equipamentos. — Ordenei assim que chegamos — Uzumaki, faça uma ronda pela região. Vocês fiquem de guarda. — Todos acenaram com a cabeça.

Fiquei ao lado de fora esperando as análises da perícia, orientando a multidão curiosa que se formou ali. A imprensa estava doida por informações novas e não paravam de me fazer perguntas. Sinceramente, essa é a parte que mais odeio do meu trabalho. 

— Senhor Delegado, qual foi a causa da morte? Ashllyn Porter realmente tinha envolvimento com drogas? — uma das jornalistas perguntou e, de imediato, os microfones se voltaram para mim junto com os flashs das câmeras.

— Ainda não temos informações. Peço que se retirem. Até a análise acabar, não podem ficar aqui. — Respondi simplista, me afastando daquela bagunça. A mídia é sempre muito invasiva e querem respostas rapidamente. Mesmo de costas para eles, continuaram gritando fazendo perguntas. 

Como queria estar em casa. Pensei comigo.

— Uzumaki, achou algo? — indaguei.

— Encontrei fios de cabelo próximos à lixeira, vinte metros daqui. — Mostrou o saco de coleta com fios castanhos. — Também há pegadas em volta de toda casa. Uma das pegadas tem número 35, acredito que seja da vítima, e outra de numero 40. Elas estavam desalinhadas, aparentemente houve uma briga. — Diz mostrando fotos — Mas não achei vestígios de sangue.

— Ok. Guarde tudo. — Acenou e partiu. 

— Delegado Nara, a perícia foi feita. 

Concordei, colocando minhas luvas e adentrando a casa. Alguns móveis pareciam fora de lugar e havia vários objetos espalhados no chão. Uzumaki estava certo, houve uma briga do lado de fora e, pelo visto, dentro também. Continuei caminhando até chegar no quarto, onde se encontrava o corpo. Era uma garota, Ashllyn Porter, de 17 anos. Sua mãe ligou para a polícia mais cedo alegando ter achado o corpo da filha após ter invadido a casa quando a mesma não atendia suas ligações. Era uma moça realmente muito bonita, mas agora não mostrava beleza, pois seu rosto estava completamente desfigurado. Sua mão direita segurava um canivete e estava também desprovida de roupas.. Uma cena perturbadora, de fato. 

Oakland sempre foi uma cidade muito perigosa. 

— Mitsashi, como estão as coisas? 

— Bem, a vítima foi morta na parte da noite. Há marcas de sangue na cozinha, sala e banheiro. — Dizia apontando para onde mencionava — No corpo há muitos hematomas, principalmente nos braços e barriga. O rosto foi desfigurado com uma barra de ferro, talvez tenha sido a causa da morte. Não me parece um crime feito por profissional, tem digitais e DNA por todo canto. Acredito que foi uma briga que acabou indo longe demais.

¡𝑳𝑼𝑳𝑳𝑨𝑩𝒀! • ShikasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora