admirando de longe.

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Jungkook.

O dia é 13 de junho, eu to voltando pra casa de moto depois de um dia cheio de entregas, ser motoboy é paia demais, eu até tentei achar um emprego melhor mas não achei nada, então é isso ou nada.

Na minha casa mora eu, minha mãe e o vagabundo do marido dela, eu digo vagabundo porque ele não faz nada, não trabalha, não arranja dinheiro pra ajudar a sustentar a família e só bebe todo dia, e pra piorar ele chega em casa bêbado e sai quebrando tudo, uma vez denunciaram ele quando ele deu um tapa na minha mãe mas não deu em nada.

Parei no semáforo e enquanto ele não abria eu olhei em volta e vi do outro lado da rua, a beldade mais linda do mundo, ele era branquin, dos olhin puxado e tinha uma cinturinha... Até babei.

Assim, eu não sou baitola não, mas porra... Esse pitelzin roubou meu coração. Fiquei vendo ele atravessar a rua e na minha cabeça nada mais existia, a única coisa que eu vi era ele.

As buzinas e os gritos dos motoristas me fizeram cair na real e sair do transe, voltei a dirigir mas não consegui parar de pensar no diacho daquele branquin.

Quando cheguei na porta da minha casa, já escutei os gritos do marido da minha mãe,  esse cara bebeu e surtou de novo, é hoje que eu acabo com essa baderna. Na última vez os vizinhos que ligaram pra polícia mas hoje quem vai denunciar e falar tudo é eu.

Entrei na casa e vi cacos de vidro no chão, meu padrasto gritando na cozinha e minha mãe na sala chorando com as mãos na cabeça, eu abri a porta com tanta força que a atenção deles foi diretamente pra mim.

⚊ Qual foi Bruno!? Vaza daqui seu merda!!⚊ eu gritei tão alto que até minha mãe assustou.

⚊ Ta vendo Rosa? Teu filho acha que manda em mim ⚊ ele se aproxima de mim ⚊ tu vai morrer junto com tua mãe, seu abestado.

Junto todas as minhas forças e dou um tapão na cara dele, enquanto ele se recuperava eu corri pro meu quarto junto com minha mãe e tranquei a porta.

Minha mãe soluçava de tanto chorar e ver aquilo me doía muito sabe? Ela estava com o pulso vermelho e um arranhado na bochecha, ele bateu nela de novo...

Eu liguei pra polícia e minha mãe tentou me impedir mas eu tava tão empenhado pra acabar com aquilo tudo que não deixei ela tomar o celular, eu expliquei toda a situação pro policial e demorou só uns 20 minutin pra começarmos a ouvir as sirenes.

O marido da minha mãe foi levado preso e aquilo tudo finalmente acabou, limpei os machucados da minha mãe e ela teve que tomar remédio pra conseguir dormir, ela tava tão mal e ver ela daquele jeito me deixava destruído por dentro.

Limpei a sujeira que aquele abestado fez e fui deitar na minha cama, pra falar bem a verdade, eu nunca gostei daquele cara, quando minha mãe apresentou ele, ele tinha um sorriso malicioso e eu achei ele bem estranho, minha mãe é igual eu, desligada das notícias, mas eu sabia que tinha visto aquele cara uma vez, foi quando eu lembrei que ouvi uns fuxicos das vizinhas fofoqueiras dizendo que tinha um cara assediando geral, e adivinha... Era o marido da minha mãe.

Eu acredito que essas fofoquinhas não chegaram no ouvido da minha mãe, já que ela continuou casada com ele.

Parei de pensar naquilo e outra coisa tomou minha mente, o garoto branquin, eu não consigo apagar da minha mente aquele gatinho atravessando a rua, eu to começando até a repensar minha sexualidade...

Amor à beira-mar ▪ Jikook. Onde histórias criam vida. Descubra agora