O Outro Lado do Ódio! - Rindou Haitani

4.8

[Nome] Suyan

Faz dois meses desde aquele ocorrido na festa...

Por enquanto tudo está tranquilo na família, não houve mais nenhum sinal de Hanma, nenhum ataque, nenhuma ameaça ou até mesmo seu paradeiro.

Ran está melhor do tiro que por pouco não ceifou a sua vida, o tiro que eu tomei, já estão cicatrizados, nunca me importei com cicatrizes, até pq, não me importo tanto com a beleza.

Estava trabalhando tranquilamente no hospital, voltei tem quase um mês a exercer a profissão após tantos acontecimentos.

Rindou e eu passamos a nos aproximar cada vez mais, nos encontrar com mais frequência, estou feliz com a mudança dele, ele é um pai excelente para nossos filhos, ele cuida da Hanarye como se fosse um de nossos gêmeos e eu adoro ver isso, me faz se sentir bem e feliz com o cuidado dele com a minha irmã.

Eu estou com medo do que Hanma vai apronta? Claro que eu estou... minha família está em risco, e tudo por um ex obsessivo que não superou um termino após uma traição.

A culpa me corrói, estou vivendo a base de remédios, de medos, dormir? Não sei o que é isso... me alimentar? Sinto náuseas após duas mordidas em uma comida.

Eu só peço a Deus ou qualquer coisa que me escute que não me deixe perder mais ninguém, não vou suportar mais uma perda...

Estava cuidando da área pediátrica hoje, estava com uma dor no peito, uma sensação estranha de como se algo fosse acontecer naquele dia, meus filhos não iria pra escola hoje já que era reunião de professores.

Maya: Doutora Suyan, você tem certeza que eu vou melhorar? — ela diz com um olhar abatido e eu sorri e me agacho na altura dela

— Claro que eu tenho certeza, você já passou pela fase mais difícil da leucemia, você vai vencer pq eu acredito e confio que você vai ficar bem! — eu sorri pra ela e a abraço

— Muito obrigada! — ela separa do abraço e segura a mão da mãe

— Te vejo semana que vem no mesmo horário pra fazer os exames — eu sorri e elas saíram e após a partida, me sentei na cadeira sentindo uma dor no peito e uma enorme falta de ar — Mas o que está acontecendo comigo hoje? — digo e logo recebi uma ligação da Taty e eu estranho — Alô?

— Alô gatinha! — ao ouvir a voz meu corpo gelou

— Hanma? — eu digo já entrando em desespero

— Nossa... dois meses já passaram desde nosso último encontro — ele deu um risadinha

— O que vc está fazendo com o celular da minha cunhada? — eu digo séria

— Eu? Só vim dar uma visitinha a ela, seu sobrinho e... seus filhos e irmã! — ele diz aquilo e meu peito fica apertado

— Não toque neles e nela!!! — eu digo séria

— Não prometo nada — ele muda o tom pra um sério — Lembra que eu disse que você iria perder um por um, até não sobrar ninguém Suyan? — ele passou e ouço o som de tiro e os gritos — Se vc não aparecer aqui até as 18h... vai sofrer a pior dor da sua vida... — ele diz sério — O endereço já está na sua caixa de mensagens, venha sozinha! — após a ligação ele desliga e eu derrubo o celular no chão

Começo a chorar em completo desespero, não sabia o que ele iria fazer enquanto eu estou longe dos meus filhos e da minha família, a porta do meu consultório se abre a uma enfermeira amiga minha veio me ver após estranhar a minha demora pra atender os pacientes, ela fica completamente preocupada ao me ver em estado de choque.