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Horas, não tenho certeza de quantas mas sei que horas se passaram desde o momento em que Richard nos trancou no quarto

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Horas, não tenho certeza de quantas mas sei que horas se passaram desde o momento em que Richard nos trancou no quarto.

Sei disso porque consigo ver o sol nascendo pela fresta da janela e a música alta no andar de baixo parou faz alguns minutos e mesmo assim nenhum de nossos amigos veio a nossa procura, o que me faz pensar que eles não são tão inocentes como eu imaginava.

Richard continua sentado na poltrona, praticamente na mesma posição, sem parar de me encarar por sequer um minuto. A essa altura do campeonato não sinto sequer um pingo de álcool no meu corpo exausto então sigo deitada na cama de Veiga sem ousar olhar para o moreno no outro lado do quarto.

- Você vai ter que ceder em algum momento Isabella. - Escuto ele finalmente falar.

- Posso fazer isso o dia inteiro. - Respondo sem entusiasmo.

- Isso eu não duvido.

Não me dou o trabalho de responder, meu olhar segue preso ao teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

- Você foi no meu aniversário. - Ele volta a dizer depois de alguns minutos. - Você me viu com ela, não viu?

Por um segundo minha cabeça cai para o lado, para ele, e tenho certeza que pelo olhar que direciono a ele minha resposta é óbvia.

- Me desculpa Bella... eu esperei você por horas.

Sem resposta.

-Eu disse que amava você e você não se deu ao trabalho de me responder, e aí eu esperei você, eu esperei e você não apareceu!.

Sem resposta.

- Não pode me julgar por tentar superar você Bella, por tentar seguir minha vida.

Sem resposta.

E por alguns segundos penso que ele desistiu, quando o vejo se levantar e caminhar em direção a porta meu coração acelera e penso que ele finalmente desistiu.

- Você não demorou a seguir com a sua pelo o que eu vi uh? Não sabia que você gostava tanto assim de F1, George Russel né?.

Uma resposta.

Assim que percebo a irritação em sua voz e o ataque óbvio a George me levanto da cama, tão rápido que preciso respirar por um segundo quando sinto minha cabeça girar.

- Não ouse colocar o nome dele no meio disso Ríos.

Meu dedo preso ao seu peito em uma ameaça óbvia não parece afetá-lo, na verdade parece exatamente a reação que ele esperava que eu tivesse.

- Andaram se divertindo?.

- O que faço ou deixo de fazer com a minha vida não é da sua conta, nunca foi.

- Nunca foi? Você tá de sacanagem? Tudo que a gente viveu não foi nada?.

- Não temos passado algum, Ríos. Nós fodemos e foi só isso.

𝐈𝐧𝐞𝐯𝐢𝐭𝐚́𝐯𝐞𝐥 - Richard Ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora