𝐈𝐧𝐞𝐯𝐢𝐭𝐚́𝐯𝐞𝐥 - Richard Ríos.

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É claro que ganhamos, e é claro que não foi Joaquín que marcou o gol da vitória, por qual outro motivo eu estaria as 23:47 de um sábado dentro de um supermercado comprando coisas para fazer um churrasco que eu sequer queria participar.

- tu nao acha que tem bebida demais dentro desse carrinho pra um churrasco? - Veiga foi quem veio comigo enquanto o restante do pessoal foi pro meu apartamento arrumar as coisas.

- Sabe como é princesa, pós vitória é foda.

- A assistência foi dele, isso devia valer de alguma coisa.

- A gente promete deixar a casa de vocês inteira gatinha - Como se fosse isso que me preocupava.

- Seus pais moram dois andares abaixo de nós você sabe disso né.

- Não precisa se preocupar com isso, eles estão na minha casa.

Desisto de tentar encontrar alguma desculpa e só sigo a onda do mais Velho enquanto pegamos todos os tipos de bebidas disponíveis no supermercado. Mas nada me prepara para a cena que encontro no momento em que abro a porta da cobertura que divido com o meu melhor amigo.

- Que merda é essa.

Não consigo prestar atenção no que Veiga fala, não quando tenho certeza que existem mais de 100 pessoas dentro do meu apartamento nesse momento, desde mulheres vestindo meio pano como roupa a jogadores do time adversário de hoje. Eu vou matar o Joaquin, não preciso me esforçar muito para achar ele dentro dessa bagunça, quase como se sentisse minha presença o lateral aparece.

- Cariño.

-Voy a matarte - Eu tô com raiva e ele sabe disso, todos eles sabem disso pois no momento que termino de falar estou rodeada por um terço dos jogadores do Palmeiras tentando me explicar que tudo isso aconteceu sem querer.

- É que foi uma pessoa contando pra outra e quando a gente viu já tava todo mundo aqui Bella, não tinha muito o que fazer - É o mais novo de todos nós que tenta se explicar primeiro, falho.

-Lo siento mi amor, te juro que no lo sabía.

- Sabia sim, para com isso também.

-Bella só curte o momento, briga com "nois" amanhã.

- Vai Princesa agora já era.

São algumas das frases disparadas na minha direção, todas muito rápidas e muito misturadas, não tenho certeza quem falou o que mas sei que dessa guerra não vou sair vitoriosa, então só dou de ombros.

- Não quero ninguém no meu quarto - É a única coisa que me dou o trabalho de falar antes de me dirigir ao bar improvisado no meio da minha sala, consigo escutar os gritos de comemoração deles conforme vou me afastando e isso me faz rir.

Já faz algum tempo que tô parada na mesma posição, não tenho certeza de quanto tempo ou de quantos copos de bebida já tomei, mas sei que foi o suficiente pra sentir minha cabeça começar a girar, ainda tenho consciência do que está acontecendo ao meu redor então não controlo a cara de nojo quando vejo meu melhor amigo subir as escadas do nosso apartamento com uma loira qualquer ou quando vejo Veiga agarrado com uma outra em um canto da sala, parece que abriram a gaiola das loiras da CBF diretamente na sala da minha casa. Não consigo segurar a risada quando percebo a ironia eu sou loira.

- Tu tá bem? - não consigo não me assustar quando escuto a voz do colombiano atrás de mim, é a primeira vez que vejo ele desde da hora que cheguei estava começando a achar que ele não tinha vindo.

-Você veio.

- tava me procurando?.

- Claro que não - Estava, claro que estava.

- Não me respondeu.

- O que?.

- Você tá bem?.

- Por que não estaria?.

- Tu tava rindo sozinha quando eu cheguei pô, achei que tava vendo algum tipo de fantasma.

- Eu pensei em uma piada - Não controlo a risada de novo, talvez eu não esteja tão bem mesmo.

- Me conta.

Não consigo, por que não me lembro da piada, na verdade não consigo me lembrar de nada, de uma hora pra outra não existe nada dentro da minha cabeça, é a primeira vez que eu olho pra ele, que eu realmente olho pra ele depois que tudo aconteceu.

- O que você tá fazendo aqui?.

Tenho certeza que ficou surpreso com a pergunta repentina, percebo isso no rosto dele e pelo jeito que fica sem saber o que responder e não tenho certeza de quanto tempo mas demora até que a resposta venha.

-es una fiesta rubia - A resposta não me satisfaz e ele sabe disso, por que se aproxima, tão próximo que parece que vai me beijar a qualquer momento, meu Deus, ele vai me beijar? -  Creo que ya te di de beber, rubia. (Acho que deu de bebida pra você, loira).

É claro que ele não me beijou mas me reprendo automaticamente quando percebo que eu queria isso, meu Deus eu queria que ele me beijasse.

- Eu tô bem.

- Mal consigo entender uma frase inteira que sai da sua boca, se tem uma coisa que você não tá é bem.

- E você se importa?.

Ele não me responde ao invés disso me dá uma olhada de cima a baixo e se retira, ele me deixou falando sozinha? Babaca. Não acredito que acreditei por sequer um segundo que ele finalmente tinha mudado, eu sou uma idiota e burra. Exceto que não consigo completar meu próprio pensamento antes de sentir alguém puxando meu braço e me colocando sobre seu ombro .

- ME SOLTA SEU TARADO, ME SOLTA.

Ninguém interfere quando peço ajuda ao invés disso consigo ver algumas pessoas rindo conforme ele me leva em direção a escada, finalmente relaxo quando sinto o cheiro do perfume dele, onde ele tinha ido?.

A resposta da minha pergunta aparece quando vejo ele parando na frente da porta do meu quarto e colocando a chave para abrir, chave essa que estava com Joaquín, que está no quarto com uma mulher, ele foi buscar a chave do meu quarto.

- Entra - É o que diz quando finalmente me coloca no chão, sempre achei que ele ficasse gostoso demais quando estava com raiva, principalmente quando estava jogando então começo a rir da lembrança - Vai Isabella, entra.

- Entra comigo...

Buenas amores

Tudo bem aí desse lado da telinha? Parei na parte interessante né? HAHAHAHAHA

Se esse capítulo tiver bastante curtidas e comentários eu solto a continuação dele bem rapidinho, confio em vocês!!