Capítulo vinte e dois

858 79 77
                                    

Ryu Shi-oh

Já faziam dois dias que eu havia comprado o anel e ainda não tinha criado coragem para falar com Yeon-ju. Talvez juntando que ela esteve ocupada nos últimos dias e mal nos falamos, e que eu também tenho recebido vários sermões da Pavel. Apesar de enviar o último carregamento atrasado, ele chegou mais rápido que os outros devido à urgência que eu disse que tinha.

— Senhor — Meu secretário me para assim que piso na Doogo.

— O que aconteceu? — Pergunto notando a expressão apreensiva em seu rosto.

— Eu tentei impedir que ele entrasse em sua sala, e a segurança tentou o tirar, mas...

— Tem alguém na minha sala?

— Sim senhor. Ele diz ser... hm... da sua família.

— Minha família? — o encaro e então mudo meu olhar para frente arrumando meu terno e seguindo em direção a minha sala, seguido por meu secretário e a segurança.

Abro a porta e entro no cômodo vendo um homem de costas segurando um copo com bebida, com a minha bebida. Ele vestia um terno azul-escuro bem forte e era mais baixo que eu. Foi então que ele se virou e eu percebi de quem se tratava.

— Nos deixem sozinhos.

— Mas senhor...

— Agora — Ordeno e eles saem e o homem a minha frente caminha até minha mesa colocando o copo de vidro sob a mesma.

— Olá, Anton — um sorriso de canto surge em seu rosto e ele se aproxima com as mãos no rosto.

— Maxim — O cumprimento.

— Kang Jun-ho agora, bem, aqui na Coreia, pelo menos. Mas eu ainda gosto de Maxim.

— Se bem me lembro, você se vangloriava pelo significado ser "o maior" — respiro fundo e vou até minha poltrona me sentando apontando para o sofá.

— "o mais poderoso", na verdade, gostava mais desse significado. — Ele ri e se senta no sofá.

— Vamos parar de enrolar e vamos direto ao ponto. O que você faz aqui?

— A Pavel me mandou.

— Disso eu sei, quero saber o motivo.

— Eles me pediram para passar um tempo aqui, ver se você está bem.

— Se eu estou bem? É uma piada?

— Eles estão te achando meio aéreo, sabe? Acham que está sobre muita pressão administrando tudo isso sozinho. Acham que pode estar sobrecarregado.

— Garanto que não estou.

— Mas esqueceu um carregamento.

— E o enviei.

— Mas só quando a Pavel te lembrou.

— Aonde quer chegar Maxim?

— Jun-ho, por favor, me chame de Jun-ho. Seria meio estranho alguém perguntar a origem do meu nome e eu dizer que foram as pessoas da Rússia que me deram ele, assim como deram o seu, Anton.

— Shi-oh.

— Então Shi-oh. — Ele ri — Me faça a pergunta novamente. — Respiro fundo e o encaro o fuzilando com o olhar.

— Aonde quer chegar com isso, Jun-ho? — O homem abre um sorriso e se inclina.

— Eu não quero chegar a lugar nenhum. Meus planos, na verdade, são ir embora bem cedo. Eu só vou ficar aqui por uma semana se tudo estiver como deve.

𝐒𝐰𝐞𝐞𝐭 𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 ★ 𝐑𝐘𝐔 𝐒𝐇𝐈-𝐎𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora