𝟎𝟎𝟑. 𝐀 𝐅𝐀𝐌𝐎𝐒𝐀 𝐋𝐔𝐙

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𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀 𝐃𝐀𝐍𝐓𝐀𝐒

Sabe aquele momento que sua cabeça dá aquele estalo? A famosa luz

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Sabe aquele momento que sua cabeça dá aquele estalo? A famosa luz.

Foi o que aconteceu quando meus pés pisaram na área VIP e me deparei com nada menos do que Pedri , aparentemente ele não tinha notado nossa presença ainda porque conversava com Pietra que havia saído na nossa frente.

A questão era que não tinha como não reconhecer esse garoto já que ele estava em todo o tiktok e também por ter sido o jogador mais novo a fazer gol na copa do mundo depois da época do nosso Rei Pelé.

E a luz? Porque ao ver Pedri me lembrei de onde o nome Gavi era familiar pra mim, não só o nome como sua aparência.

Os dois estão sempre grudados e agora me lembro bem da imagem dos dois nos jogos da Espanha.

Caralho!

Outro detalhe importante é que eu ainda estava de mãos dadas com Gavi , e com todas essas informações gritando na minha cabeça não sei se falo que os conheço ou me faço de sonsa.

— Está tudo bem? — A voz baixa e meio rouca soa no meu ouvido e só assim me desperto dos meus devaneios.

Com certeza eu estava com uma cara de maluca psicopata.

Respira garota.

— Sim! Sim! É que eu acabei de me dar conta que você é o Gavi. — Ele me olha confuso e agradeço por estar falando baixo nesse momento — Da Espanha, copa do mundo, tendeu?

O observo coçar a nuca em um gesto envergonhado ao mesmo tempo que me abre um sorriso tímido.

— É sou eu, espero que você não seja uma fã maluca. — Fala em tom de brincadeira me fazendo revirar os olhos.

— Eu sou brasileira, só sou maluca pelos meninos da minha seleção. — Respondo dando uma piscadinha.

Ele parece querer dizer mais uma coisa mas somos interrompidos com a euforia de Pietra, aproveito a deixa pra recolher minha mão que Pedri ainda segurava.

— Ai está ela! A famosa arrebenta argentinos em boates. — Ponho a mão na testa e balançando a cabeça em negação rindo.

— É assim que você apresenta sua mais nova amiga pros outros? — Finjo estar ofendida com uma cara de cachorro sem dono. — E tenho certeza que a famosa aqui não sou eu.

— Você trouxe mais entretenimento do que esses dois juntos, garota. — Ela dá de ombros com um sorrisinho — Esse é o Pedri , mas você já deve saber.

Estendo minha mão pro garoto com um sorriso simpático no rosto e ele faz o mesmo, porém de forma mais tímida.

— Prazer, Pedri.

— Prazer, Júlia.

— É uma pena que você tenha que aguentar o Gavi até o fim da noite.

— Vai se foder otário! — Retruca Gavi e Pedri mostra o dedo do meio.

Que carinhosos.

— Vem, senta aqui — Chama Pietra batendo a mão no lugar ao seu lado, em seguida Gavi e Pedri também se sentam, ficando nos sofás de frente pra nós.

Um rapaz de terno e gravata borboleta aparece logo depois com uma bandeja com quatro shots, sou a primeira a virar o líquido na boca sendo seguida por eles, engatamos em uma conversa "tranquila" enquanto explico o que realmente tinha acontecido, arrancando reações indignadas dos três.

Não posso deixar de notar a cara triste de Pedri e Gavi nas vezes que citei o Brasil, imagino a pressão que deve ser.

— Por que escolheu Barcelona? — Pergunta Pedri e seu amigo me olha também interessado na resposta.

— Não sei pra falar a verdade. — Rio — A uma semana atrás eu acordei e simplesmente comprei passagens pra cá, não sou das que planeja.

— Eu não tenho essa capacidade — Comenta Pietra.

— Eu sempre fui muito agitada, acreditem eu sou o terror da minha mãe — Era engraçado a forma como os meninos prestavam atenção no que eu estava falando, principalmente Gavi.

— Que bom que resolveu acordar e vir pra Barcelona, tô precisando trocar de amigos. — Diz o moreno provocando o mais novo

Ficamos ali jogando conversa fora por mais duas horas mais ou menos, não tenho certeza, mas eu precisava ir pra casa.

Meu corpo estava quente por conta do álcool novamente, mais um sinal que era hora de ir embora.

— Eu preciso ir, obrigada pela noite, gente — Anúncio já me levantando. — Amanhã ainda tenho que trabalhar. — Minha cabeça dói só de pensar nisso, a vantagem é que eu faço meus horários, não importa onde eu esteja.

— Eu peço um uber pra você. — Oferece Gavi ao se levantar também.

— Não precisa. — Sorrio de canto e acabo rindo ao ouvir o bocejo de Pietra, a coitada estava morrendo de sono — Você já me ajudou bastante hoje, apesar de querer que tivesse chegado um pouquinho depois.

— Tudo bem, dessa vez eu aceito. — Dessa vez? Uhm. — Posso ter seu número pelo menos? Amanhã posso te acompanhar até a delegacia.

Certo.

Essa eu não vou recusar e não posso ignorar o fato de que Gavi jogou uns verdes bem dados pra mim durante a noite mesmo que de forma sutil.

— Me dá o celular. — Estendo a mão pra ele que logo me entrega o aparelho na parte de contatos.

Salvo meu nome como "loira", vai que o apelido pega...

— Prontinho,  jogador.

Me despeço de Pietra que está sonolenta e de Pedri que fazia de tudo pra não deixar a loira capotar ali mesmo.

Gavi me acompanha até o lado de fora e espera o uber chegar ao meu lado.

— Tchau, Gavi — Me despeço dele quando o carro para ao lado da calçada, deixo um beijo demorado na sua bochecha e vou embora.

Quando chego no apartamento sinto meu celular vibrar dentro da bolsa, o pego pra ver do que se tratava a essa hora.

Espero não ser site de fofoca, não quero ir parar na choquei.

Era apenas Gavi, conferindo se eu tinha chegado bem.

Afirmei e desejei uma boa noite a ele, que desejou de volta.

Repreendo a mim mesma por estar sorrindo pra tela do celular e o coloco pra carregar.

Decido tomar um banho antes de dormir, tiro as roupas pelo quarto mesmo deixando elas no caminho até o banheiro.

Amanhã eu pego.

Entro embaixo do chuveiro quente e fico ali até meu corpo dizer chega, eu poderia facilmente dormir aqui.

Mesmo relutante saio do box e me enrolo na toalha depois de me enxugar, escolho um pijama qualquer, ou seja, camiseta duas vezes meu tamanho, cueca box e meias.

Quando deito minha cabeça não penso em mais nada, apenas apago feito uma criança.


𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐀𝐃𝐎𝐒 | 𝐏𝐀𝐁𝐋𝐎 𝐆𝐀𝐕𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora