4. Incapacidade

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O Jejum estava a matando, nunca havia ficado sem comer por tanto tempo e Laura sentia que poderia enlouquecer a qualquer momento, ainda tinha longas horas de rezas pela frente e sentia-se completamente entediada, embora soubesse de sua responsabilidade em proteger a duquesa, sentia-se frustrada pela condição em que estava, os joelhos doiam, e ela se apoiava sobre uma miniatura de púlpito, orando "fervorosamente", a capela estava fria uma brisa suave balançava a túnica branca, os cabelos ruivos escondiam suavemente sua face como uma pequena cortina, já que havia se livrado de seu cumprimento– Pai nosso que estais no céu, santificado seja vosso nome... –E repetidas e repetidas vezes, até que sentiu os olhos pesarem, entretanto, conteu-se voltando a sua responsabilidade inicial.
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A Ruiva suspirou, uma lufada de ar escapando de seus lábios avermelhados e inchados, estes capturaram perfeitamente a pele negra, succionando com uma fervorosa necessidade, os dedos calejados desceram pela cintura curva da mulher, dedilhando cada centímetro da tez macia, eles alcançaram então as coxas grossas de d'Auvergne, que se contia com dificuldade abaixo de si, escondendo os barulhos lascivos que poderia expor, o nariz deslizou pela extensão da barriga, apreciando o cheiro doce de sua Senhora e aproveitando-se para depositar selares com cuidado sobre sua derme. Ela trouxe a face para o meio das coxas fartas e apreciou a vista do corpo nu de Lilith abaixo do seu, as orbes pousaram no fundo das suas e a Ruiva de imediato sentiu os lábios formigarem com tamanha devacidade e desejo que ocupavam seu peito, aproximou o rosto do íntimo de sua senhora e despertou com o suor a deslizar por suas têmporas juntamente a respiração pesada, havia tirado um breve cochilo, mas suficiente para o suposto diabo tentar sua mente, Jeremias um dos cavaleiros mais experientes chamou-a. – Está tudo bem? Você ficou um pouco quieta – A Sardenta murmurou um "Merda", e assentiu – Sim estou bem, apenas estava orando baixinho. – Colocou os fios bagunçados para trás e suspirou, sentindo-se suja por aquele sonho indecente, o guarda suavizou a expressão e pigarreou – Deve tomar banho agora, para purificar seu corpo, ela assentiu e se ergueu, encaminhando-se para fora da capela afim de tomar o primeiro banho do dia para sua especial ocasião.

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– Droga garota, coloca essa coisa direito – Laura bufou com a impaciência de Eldwin, está bem, ela realmente tinha dificuldades para colocar aquele cinto, principalmente agora que não tinha armadura, era uma simples tunica vermelha que ia até a extensão de seu tornozelo e um manto negro  – Não reclame, eu não sei colocar cinturões sem ser os de minha armadura, em vez disso me ajude, não quero me atrasar para minha cerimônia seu palerma – Proferiu indignada com a falta de educação de seu suposto "Mestre" e conseguiu encaixa-lo perfeitamente em sua cintura, suspirando com o alívio que finalizar aquele objetivo lhe trouxe. Eldwin se afastou e olhou para a sardenta de cima abaixo. – Você está digna de uma cavaleira, e pensar que você era apenas uma criança estes dias. – O Senhor a abraçou com força, contendo as lágrimas que ousavam marejar seus olhos. – Deixe de ser bobo Eldwin, eu ainda estarei aqui para treinarmos. – A Ruiva retribuiu, tinha grande afeição pelo homem, que durante aqueles 6 anos foi como um pai para si. – Eu não entendo porque Vossa Graça, não quis utilizar uma armadura, ficaria mais bonito, mas tradicional é bom também.

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Enquanto isso, a Duquesa obtinha mais alguns ajustes em seu vestido, tinha escolhido uma peça perfeita para a ocasião, o vestido possuia uma superior que cobria parcialmente a extensão de seu pescoço, botões dourados e uma fita preta de cetim que fazia um pequeno laço no centro do pescoço, as mangas eram suavemente justas, tendo um aspecto bufante próximo aos ombros. O Vestido era azul como lápis lazuli, escondendo seus pés e a fazendo praticamente se assemelhar a uma rainha, devido o caimento elegante sobre seus pés, estes que estavam cobertos por um salto preto. – Eu preferia algo mais brilhante, mas está bem, não é um baile. – Rolou os olhos e ajeitou os cabelos perfeitamente enrolados. – Me ajudem a ir até o salão de cerimônias. – Ditou para as servas, que a ajudaram ao menos a descer as escadas, essa era a parte mais difícil de andar com um vestido tão caro e perfeitamente alinhado, Lilith sempre iria preferir as camisolas de seda que usava para dormir, mas naquele dia, e em tal ocasião preferia aquele belíssimo vestido.

Lady LilithOnde histórias criam vida. Descubra agora