Único

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Caótico. É o que se pode dizer a situação em que as fronteiras dos países estavam. Uma divisão onde canhões, explosões, tiros e bombardeiros podiam ser ouvidos. Onde as pessoas estavam se matando sem nem ao menos se conhecer e sem saber seu nome, por causa de velhos no poder que não tentam resolvede r isso de outra forma. Isso é a guerra. Um lugar onde pessoas se matam sem se odiar, onde incontáveis vidas são perdidas de forma fútil por causa dos interesses políticos.

Perto das fronteiras, havia uma cidade, ou o que costumava ser. Onde sempre ocorria diretos entre os dois exércitos pela anexação, que poderia servir como ponto estratégico para mobilizar soldados. O problema, é que ninguém conseguia dominar a cidade, e muitos morriam pra atravessar alguns metros. A cidade estava cheio de crateras por causa das artilharias, cápsulas de munições vazias já disparadas, armas largadas no chão e corpos estirados sem vida e restos de casas.

Para averiguar o pacifismo que a cidade se encontra, Kanae Kocho, soldado do 2 batalhão de infantaria e uma das únicas sobreviventes, se mantendo viva com sua bravura em batalha e estratégia, é requisitada para reconhecimento.

Segunda feira 23/12/1914

17:50

Em uma tarde caótica e com a lua em questão de tempo para se fazsr presente no céu, estava uma mulher andando com semblante calmo e em passos lentos. Kanae Kocho, soldada do batalhão de infantaria, com um rifle de ação por ferrolho manual em suas costas, Lee enfield no MK1, sendo sustentada por uma bandoleira. Sua expressão era serena e com um sorriso fraco no rosto, usava o uniforme do exército, mas estava usando um sobre-tudo que ia até metade do joelho, pra esconder o uniforme.

Andando tranquilamente por uma região plana, tendo só alguns muros quebrados, árvores derrubadas, uma casa abandonada e uma estrada que levava algum lugar, parecia um deserto. A garota foi designada investigar a cidade, já que não tinha mais conflitos lá por perto. A única coisa que ela podia ver era uma paisagem de destruição por onde passava, corpos estirados no chão em decomposição, gerações sendo perdidas de forma leviana.

Kanae caminhava perdida em seus pensamentos, refletindo no tanto de vidas que já tirou, o tanto de mães que ficou sem seus filhos. Afinal, isso era certo? Não sabia responder, e nem devia, matar tantos e questionar isso logo depois? Era uma hipocrisia de pior nível.

Logo, foi tirada de seus pensamentos quando escutou uma canção vindo em sua direção. Ela logo puxou seu rifle e deitou na grama atrás de uma das árvore caidas, apoiando seu rifle no troco, era de tarde então não se dava pra ver alguma coisa. Olhando pela luneta, podia-se ver vários homens andando armado, pronto pra atirar em qualquer coisa que lhe for suspeito. 

-Um esquadrão? estão indo para o caminho de onde eu vim, eles vão atacar a nossa posição ou fazer reconhecimento? - pensou, ajustando a luneta.

Sem perder tempo, ela puxou o gatilho e um feixe de luz saiu do cano da arma, indo em direção em um dos homens que estava andando, fazendo-o cair no mesmo instante. Levantou o ferrolho e puxou para trás, ejetando a munição usada, puxou no sentido contrário e desceu o ferrolho, colocando mais uma munição na câmara. O esquadrão reagiu se escondendo nos muros e na casa abandonada. 

Logo, um pequeno conflito se iniciou, com a garota abatendo os soldados um a um, sem eles nem ao menos podendo ver de onde vinha os disparos. Sons de disparados de ambas posições podiam ser ouvidos de longe, enquanto kanae operava o ferrolho a cada disparo.

-Engraçado, tava me questionando se era certo tirar vidas agora pouco... psé.  -Pensou, rindo de forma irônica.

Algum tempo depois...

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⏰ Última atualização: Jun 24 ⏰

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