CAPÍTULO 13: O AMOR ESTÁ COM A PESSOA QUE TEM O SEU CORAÇÃO

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Se ele pudesse cometer assassinatos sem ter que cumprir pena de prisão, Technic já teria matado aqueles filhos da puta que cercavam seu namorado.

Foi justamente aquele grupo de amigos que Tae tinha, que bloqueou seu caminho quando Tae fugiu. Impedindo que Nic corra atrás dele para detê-lo. Forçando-o a ficar em seu lugar e gritar sua confissão de amor com todas as forças. Aguardou sua reação impassível, mesmo depois de lembrar que estava no meio do refeitório e que todos ouviam sua confissão e o encaravam, não só os que comiam, mas também os que entravam ou saíam.

Mas naquele momento era de vital importância contar tudo a Tae, então Technic não se importou com o lugar ou as circunstâncias e continuou gritando para ser ouvido pelo homem mais velho.

– Eu te amo, P'Tae!!

O engenheiro parou ao ouvir essas palavras e se virou para olhá-lo como se desejasse ser um fantasma em vez do menino que estava fazendo aquela confissão. O que fez Technic perceber que precisava se apressar e dizer tudo antes de fugir novamente.

Provavelmente dessa vez iria para a cadeia, mas por ter feito um escândalo para chegar até a esposa. Mas...

– Afaste-se, pare de bloquear meu caminho. - Os amigos de Tae o pressionaram com força. Felizmente Technic conseguiu se estabilizar e não cair. Sua mão apertou o buquê, olhou com raiva reprimida para o garoto à sua frente. – Vá se foder ou simplesmente saia da minha frente. Vou com meu namorado.

– Quem é seu namorado? Melhor sair, volte por onde veio. Meu amigo não é um brinquedo para seu entretenimento.

O mais velho não se moveu um centímetro, encarando o farmacêutico com puro ódio. Nic sentia-se cada vez mais desesperado e irritado.

– Nunca pensei que P'Tae fosse um brinquedo.

– Mas você veio correndo ver meu amigo depois de decidir que ficaria com outra pessoa. Não é mesmo? - O garoto cuspiu, recusando-se a parar de bloquear o caminho de Nic. Na verdade, se não fossem as palavras que proferiu, poderia ter levado uma pancada no rosto com as rosas que o menor carregava na mão.

– Você é um idiota, não sabe como usar seu cérebro ou sabe? Por que viria ver meu garoto se já tivesse decidido trocá-lo por outra pessoa? O que você está dizendo não faz sentido.

– Como você ousa me chamar de idiota?

– Bem, você é um idiota. Você não percebe? Tanto que não entendo como você conseguiu entrar na faculdade e chegar tão longe em sua educação.

O mais velho arregaçou as mangas da camisa, sem intenção de se acalmar nem um pouco, preparado para se atirar no mais novo e iniciar uma briga brutal.

– Como você ousa dizer que as pessoas do departamento de engenharia são estúpidas? Seu farmacêutico bastardo!

– Eu...

– Meu amigo está insultando você, não as pessoas do seu corpo docente. Use um pouco o seu cérebro, sim?

No momento em que ia refutar as palavras incoerentes do outro, Kla chegou e colocou à mão em seu ombro enquanto falava. Seu rosto era bastante sério em vez da expressão brincalhona que normalmente usava.

Nic sorriu com isso. Seu amigo agia como se os dois não estivessem brigando naquele momento, como se Nic nunca tivesse tentado acertá-lo.

– Deixa de ser idiota, ok? Nenhum de nós quer ter problemas com você, mas deve entender que um terceiro não deve interferir no relacionamento de ninguém. Agora saia da frente, está atrapalhando, meu amigo está se confessando para o namorado. - Kla sorriu, embora esse sorriso não alcançasse seus olhos. Aqueles olhos ainda eram extremamente ameaçadores.

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