Capítulo IV

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   Estávamos chegando ao estacionamento da escola, Erik para o carro e desço.

-Onde pensa que vai? - Ele fala ao me vê indo embora - Vai comigo.

-O quê? Prefiro ir sozinha!

-E por que eu deixaria algo que me pertence por aí sozinha? Não quero nenhum tipo de ladrão cobiçando minhas coisas.

-Eu não sou uma coisa!

-Mas é minha! E a menos que você me mate não te deixarei em paz, entendeu Susan?

   Eu realmente queria bater nele, mas se fizer isso é bem provável que eu não aguente o surto de raiva que ele terá. Por segurança minha apenas fico calada.

-Vamos para a aula!

   Erik me puxa pelo o braço, algumas pessoas que aínda não estavam em suas salas nos observavam com atenção, vez ou outra algumas garotas lançavam olhares de deboche para mim, chamar antenção era uma das coisas que eu menos gostavam.

-Está incomodada com os olhares? Deveria arrancar os olhos delas?

   Erik fala e eu o olho assustada, ele realmente não brinca quando o assunto é matar alguém.

-Está assustada? Estou brincando, você não ri não?

-E você acha mesmo que vou levar alguma coisa que você fala como brincadeira?

   Ele novamente começa a me puxar, e graça a Deus chegamos até a sala, e como de costume coloco meus fones e sento na minha cadeira. A aula correu normalmente, tivemos nossa primeira aula, almoçamos e mais uma nova aula está preste a iniciar.

   Eu estava de cabeça baixa, revisava uma matéria, quando ouço o som de alguém me chamando.

-Susan?

   Olho na direção da porta e lá estava o demônios que fazia meus dias na escola um caos, Amber.

-Você estava onde em? Te procurei por toda a escola hoje, sentir falta da minha cachorrinha.

-Me deixa em paz Amber.

-E por que eu faria isso? Nós somos amigas, amigas sempre ficam juntas não é? Oh não, esqueci, você é minha subalterna, não amiga.

   As garotas que estavam com ela riem de formas histéricas, eram como se fossem a madame e seus ploodles de estimação.

-Escuta Amber, acho que a psicóloga da escola pode te atender, acho que esse seu complexo de superioridade pode ser curado.

   Amber levanta a mão e sinto o ardor em meu rosto, tinha levado um tapa de Amber, e ao olhar para o lado encontro os olhos furiosos de Erik, seria capaz de jurar que tinha espuma saindo de sua boca.

-A única pessoa com algum complexo aqui é você sua vaca - Amber fala, mas ainda estava focada em Erik - Por que não olha para mim vadia?

   Amber agarra meu queixo me obrigando a olhar para ela. De repente o professor entra na sala, Amber e sua turma de poodles vão embora.

-Por que não fez nada? - Erik fala - Deixou ela te bater e não fez nada? Você realmente é diferente de tudo o que eu já vi.

   Sem falar mais nada Erik levanta de sua cadeira e vai embora. Erik simplesmente abandonou a aula e deixou nosso professor gritando seu nome como louco.

   No meu coração eu senti que nada de bom sairia daquele momento, estava com um mau pressentimento mas tudo que eu poderia fazer era esperar.

   O dia passou lentamente, não tive notícias nenhuma de Erik, não o vi mais na escola e no caminho para casa analisava cada beco e esquina, tinha uma vaga esperança de encontrá-lo por aí me vigiando, e nem mesmo eu sabia o que isso significava, o do por que eu estava esperançosa para vê-lo, mesmo que de longe.

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